Thatcher e os EUA
09/04/13 18:14WASHINGTON – Poucos líderes estrangeiros – e certamente nenhum no pós-Guerra – se tornaram ícones tão fortes nos EUA como a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, que morreu ontem.
Não só nos EUA, aliás. Não vejo exagero no título de um artigo no conservador “Wall Street Journal”, assinado pelo historiador Paul Johnson: “A Margaret Thactcher que mudou o mundo” (o mesmo a chama de a mulher que mais influiu na política mundial desde Catarina da Rússia – não menos controversa).
O legado de Thatcher dentro e fora do arquipélago britânico é objeto de ódios e amores, mas, até por isso, sua força e persistência são inquestionáveis.
Aqui, talvez por falta de nomes atuais que preencham a lacuna, Thatcher ainda é reverenciada pelo movimento conservador como Ronald Reagan, com direito a pôsteres em convenções políticas e obituários extensos nas publicações que pendem à direita.
Mais: o conservadorismo americano hoje segue muito mais a cartilha da britânica do que a do próprio ex-presidente republicano, uma figura mais afável e transigente.
Contemporâneos no poder, Reagan e Thatcher não só mantiveram uma parceria sólida e consistente como acabaram exercendo influência um sobre o outro (mais dela sobre ele do que o contrario, aliás).
Se Reagan era capaz de atrair a empatia até de centristas e democratas com sua personalidade magnética, seu otimismo retórico e seu pragmatismo, era o pulso firme (inflexivelmente firme) que rendeu admiração a Thatcher para além das fileiras conservadoras.
Sua crença genuína de que não há tratamento sem dor para um país de finanças doentes foram seguidas não só por seu contemporâneo americano. A pulverização dos sindicatos, espelhada até agora nos EUA, é puro thatcherismo, assim como a onda de privatizações copiada na América Latina uma década depois de Thatcher iniciá-la.
Suas ideias, afinal, inspiraram não só os liberais, mas também uma leva de políticos de centro-esquerda – o trabalhista Tony Blair, o democrata Bill Clinton, e o próprio FHC no Brasil – a buscar o que, à época, se chamou de Terceira Via.
Suas máximas sobre cortes e ajustes ainda fazem eco nas recomendações para uma União Europeis Europa em crise (especialmente quase se questiona a longevidade do bloco – Thatcher sempre quis freios à integração).
Com o peso das paixões, da adoração e do ódio, em seu país, coube a um jornal progressista americano, o “New York Times”, publicar o melhor obituário hoje da Dama de Ferro (a Folha publicou uma excelente análise de Oscar Pilagallo, também recomendo).
Não se pode resumir Thatcher à líder insensível que pulverizou o movimento sindical em seu país, acabou com o subsídio às artes e nacionalizou a indústria. Tampouco louvá-la somente como a premiê que recolocou a economia do país em pé e lhe deu um rumo político, resgatando-lhe a relevância.
Os americanos, tão carentes de líderes hoje, notaram bem.
É preciso coragem (ou como dizemos aqui nos trópicos – ser muito macho) para fazer o necessário quando preciso. Thatcher agarrou o touro a unha (olha os trópicos aí de novo) e deu bases para a economia se reencontrar. Dilapidar o futuro e o desenvolvimento distribuindo facilidades e almoços grátis qualquer populista faz. Estadista, era o que era Thatcher.
Ps. : nem vou citar a guerra das Falklands.
Discordo de muito do que ela fez, e da eficácia das fórmulas usadas. Mas é inegável que, como poucos, ela mereça ser chamada de estadistas.
Talvez a Sra. concorde mais o, que fizeram e faz o Celso “Abobrinha” Amorim, e “Melancia “Patriota”, junto com o Lula Dilma Sarney entre outros.
Ela calou a boca de muita gente “GRANDE”.
Caro Wilson Modesto, perfeita observação! O que não falta aqui nos trópicos são políticos demagogos. Mas aqui não se cria verdadeiros partidos de direita como Conservative (Tory) de Thatcher, bem menos pela incompetência de nossos políticos de direita, mas, no caso do Brasil, pela eficiente patrulha ideológica da mídia com seus acadêmicos de esquerda a tiracolo. Assim sendo, nos sonegam a receita do sucesso, já que as sete mais ricas nações do mundo, nos últimos 50 anos – segundo o WSJ -foram governadas pela direita e, quando eventualmente pela esquerda, a mesma o fez em observância ao ideário da direita, vide a administração de Tony Blair do Labor da Grã-Bretanha (Partido Trabalhista) e do ex-Chanceler Gerhard Schröder do SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha). Como você sabe, caro Wilson, os nossos presidenciáveis já postos se dizem todos de esquerda.
Caro Wilson, esqueci-me de mencionar o ilustre democrata Bill Clinton que, também, rezou na cartilha do estado enxuto e eficiente; tanto que, na metade de seu segundo mandato, teve apoio dos republicanos e oposição, veja só…, dos democratas! Hoje, ele continuaria sendo amado pelos conservadores – que amam a constituição familiar e, portanto, não gostam de maridos traidores – se não fosse a intrépida Monica Lewinsky.
O que publiquei no facebook do PSDB: Todos os PSDBistas de alto coturno, “intelectualmente honestos”, portanto, cultivadores de um dos mais nobres sentimentos humanos, que é o da “Gratidão”, deveriam vir a público e prestar uma verdadeira homenagem a ex-primeira ministra britânica, Margaret Thatcher, pois o ideário reformista do Estado e da economia brasileiros, implementado com sucesso pelo PSDB, se baseou no ideário reformista dela, a “conservadora” Baronesa Margaret Hilda Thatcher. Mas o PSDB, oficialmente, já demonstrou a ela alguma gratidão? Infelizmente, não.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já deveria ter divulgado uma nota de gratidão, mesmo que lacônica fosse.
Essa omissão do PSDB é um desconforto para mim, já que, filosoficamente, sou cultuador do nobre sentimento de gratidão.
Professor Emilson Nunes Costa, conservador político. 10/04/2013.
Se você for a Londres e andar lá pelos pubs a fazer a seguinte pergunta aos londrinos: “O que mais caracterizou o governo conservador de direita de Lady Margaret Hilda Thatcher do Conservative Party Tory?” A esmagadora maioria, de modo assertivo, vai responder: “Privatizations”! Pois bem, FHC e seu partido, e com o apoio cúmplice da mídia brasileira, pura e simplesmente, plagiou essa fórmula do sucesso que promoveu um choque de mudança na organização de vários Estados Nacionais como o Brasil em todo mundo, criando a ambiência para a geração de riquezas já mais vistas na história da humanidade. Mas se você perguntar a FHC, como de resto a toda tucanagem, se eles são de direita, por terem caracterizado seu governo pelas privatizações, irados, vão dizer que não. “Thank you very much Lady Thatcher e a seu e ao nosso Tory”!
Margaret Thatcher é o caso mais bem sucedido de uma mulher no poder central de uma das mais poderosas nações do globo, a Grã-Bretanha. Mas por ter sido conservadora, de direita como eu, o mulheriu de esquerda brasileiro, sobrante nos partidos, na mídia e na academia, dizem às mais jovens que ela não é um bom modelo de mulher bem sucedida, e, sim, pelo contrário; sonegando a elas a informação de que Thatcher, com suas revolucionárias ideias conservadoras, deu um choque de modernidade na organização dos Estados e da economia, em âmbito global, com ênfase à eficiência administrativa e às políticas de privatizações. Por exemplo, já escutei, em uma importante rádio do Rio de Janeiro, que seus 11 anos de governo como primeira ministra se resumiu na diminuição dos direitos dos trabalhadores. Das duas, uma: ou a jornalista é mal informada, não conhecendo da história, ou é, absolutamente, desonesta intelectual e ideologicamente.
Os que são fiéis aos fatos históricos produzidos pela Baronesa Margaret Hilda Thatcher sabem que ela ficará marcada como uma das grandes da história.
Um dia creio que, talvez, a ciência genética explique o que os “verdadeiros Conservadores Políticos”, como eu, já sabem há muito tempo: que é o porquê de alguém, ao longo de sua existência, decide, filosoficamente, ser conservador. Em síntese, a resposta é simples: detestamos a demagogia e, portanto, detestamos os demagogos, embora, pela circunstância da necessidade do bom convívio, os toleramos. Somos afetados por uma forte personalidade. Temos compromisso com o pragmatismo responsável em favor da coletividade. Através do sistema de segurança nacional do estado, não hesitamos em demonstrar aos bandidos, sejam eles do crime organizado homicida ou terroristas, que somos implacáveis na sua perseguição, captura e, se nos derem motivo, reagindo à captura, dentro da lei, não hesitamos em eliminá-los. Temos um apego dogmático aos valores e princípios que devem reger a boa constituição e o bom funcionamento da instituição família. Somos muito mais legalistas. Temos apego à ordem. Entendemos que a livre iniciativa é a mais eficiente na produção de bens e serviços. E o Estado deve ter tamanho e organização suficientes para promover, com eficiência, as suas obrigações básicas e concorrentes nas áreas da saúde, segurança pública, educação, infraestrutura, fiscalização e amparo social para os que dele realmente necessitam. Em geral, repudiamos a exação tributária. Se temos o comando do parlamento, é possível que aprovemos até a pena de morte. Dirigir bêbado e matar e ficar, praticamente, impune, como acontece, à farta, no Brasil, para nós, é inaceitável; portanto, há muito, já teríamos endurecido a lei para punir esses motoristas bêbados. Somos assim, mesmo. Nós nos identificamos pelo simples olhar. Tenho certeza que, se eu tivesse tido a oportunidade de ter trocado olhares com conservadores como Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Richard Nixon e George Walker Bush, no primeiro instante, me identificariam como um seu igual. Somos os que menos vociferam em favor da Democracia e dos Direitos Humanos, mas, na prática histórica, somos os que mais os respeitam. Mas a razão dessa digressão, sobre o que é ser, realmente, um verdadeiro Conservador Político, é substanciar o caráter e a missão intransferível de Benjamin Netanyahu, atual primeiro ministro do Estado de Israel, que passa pelo mais grave momento de ameaça à existência de sua população, através da possibilidade do Estado iraniano completar o processo de domínio da produção de artefatos nucleares, já que o seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, disse que Israel deveria ser varrido da face da Terra. Há muito tenho Netanyahu como um verdadeiro Conservador Político, sobretudo pela sua forte personalidade e senso de missão a ser cumprida. Portanto, tenho certeza que o mesmo não vai claudicar na manifestação de responsabilidade crítica na defesa do Estado de Israel, fazendo o que deve ser feito, no tempo limite, ou seja: um ataque aéreo preciso e devastador sobre as instalações nucleares do Irã.
Professor Emilson Nunes Costa. 05/04/2012.
No meu dicionário, PSDB é PLAGIADOR das ideias de Lady Thatcher. Portanto, o Brasil deve muito a ela. Como conservador, eu a amava!
Há clara demonstração de mediocridade intelectual e moral de vários órgãos da mídia brasileira ao reportarem sobre o legado de Margaret Thatcher, na medida em que dão bem mais espaço aos que dela discordam do que os que concordam.
Eu postei no meu twitter o seguinte: “The basic difference between Obama & Thatcher is: He says what people want to hear & she said what people needed to know”. Até o bilionário independente, Ross Perot, ex-candidato à Presidência dos EUA e atual comentarista da Fox News e o meu novo seguidor no twitter, além de retwittar e registrar como favorito, disse-me: “A perfect observation, my friend! Unfortunately, at the moment, there is no leadership as Thatcher in American politics”. Mas 13 seguidores também retwittaram, demonstrando um grande apreço por essa magnífica mulher! Nós, os conservadores de todo o mundo, estamos de luto.
É incrível como o presidente obama e a sua esposa não apareceram e nem enviaram representantes no funeral Margaret Thatcher.
Nos jogos olímpicos ele enviou a Michelle para lá. Os EUA com esse 1/2 presidente está ficando como a França que é aliada dos EUA por conveniência financeira.
Poderia até ter enviado o “RETARDO” Biden.