O exército de Obama
13/03/13 14:53WASHINGTON – Apesar de a reeleição ter feito Barack Obama descer do palanque, o presidente dos EUA está cultivando seu pequeno exército de simpatizantes e eleitores organizados via internet sob a brecha fiscal de “grupo de bem-estar social”.
Com a vitória em novembro passado, o banco de dados que congregava seguidores do presidente foi convertido imediatamente na base do movimento político Organizing for Action, algo como “organizando para a ação”.
O grupo, hospedado no mesmo site em que Obama abrigou sua campanha, é descrito pelos criadores como uma “organização sem fins lucrativos estabelecida para apoiar o presidente Obama na obtenção da agenda nacional na qual os americanos votaram em 2012”.
Na lei, continua o texto, enquadra-se como “grupo de bem-estar social” para objetivos de imposto de renda. (Obama não é o único — o grupo de Karl Rove também goza de isenções fiscais por supostamente promover o *bem-estar social*.)
A OFA (na abreviatura em inglês) promete defender as políticas que Obama defendia na campanha pelo país e “mobilizar cidadãos de todos os partidos e lugares para pedirem a rápida implementação do programa” .
Até agora, a organização não parece ter tido muito sucesso. O Congresso continua patinando sem se preocupar se o mundo lá fora está caindo; a popularidade do presidente cai (a dos congressistas, já despencou); a oposição está mais ocupada em trocar acusações internas do que em fazer propostas viáveis e, apesar dos sinais recentes de melhora na economia, pesquisas mostram que paira um temor geral sobre a nação.
Para recuperar os ânimos, Obama, que é ex-organizador comunitário, decidiu ele mesmo ir a um evento da OFA que começa nesta quarta em um hotel em Washington, no qual discursarão ex-pesos-pesados de sua campanha, como Jim Messina, e ex-integrantes de seu primeiro gabinete, como Lisa Jackson, da agência ambiental. No topo da agenda, estão controle de armas e reforma migratória.
O modelo certamente é válido, e maior organização social política é algo que faz falta (aqui e no Brasil). Mas o fato — inédito — de o grupo ser liderado por um presidente em exercício e responder como organização de bem-estar social, porém, tem atraído dúvidas e críticas
Ignorando especulações sobre conflito de interesses, o presidente participará de um jantar com doadores e simpatizantes da organização. O grupo promete listar todos os doadores que contribuírem com mais de US$ 250 (R$ 500) e rejeitar doações de lobistas registrados.
O intuito, segundo descreveu o site especializado Politico, é medir a temperatura (e força de mobilização) da OFA. Parece que o quórum ainda é baixo: o grupo disparou para as caixas de emails de gente inscrita no site que ainda não confirmou comparecimento apelos de última hora.
“Esta é sua chance de pôr a mão na massa e planejar o que a OFA fará nos próximos meses”, diz o texto (como todos os jornalistas que cobriram a campanha presidencial, recebo emails da campanha de Obama, dos republicanos e do TeaParty como se fosse eleitora). Há um resumo dos eventos, mas nenhuma menção à presença do presidente no jantar.
Ola Luciana,
Voce diz neste comentario que “apesar dos sinais recentes de melhora na economia, “pesquisas mostram que paira um temor sobre a nacao”. Voce realmente acredita nisto?
Tenho certeza absoluta que o “WSJ” e leitura obrigatoria para uma correspondente da Folha em Washington. Voce viu a manchete da ultima Sexta Feira neste periodico falando que ha mais de uma semana as acoes na bolsa de valores nao param de subir, ultrapassando a marca de 14 mil pontos de 2007? Alem do mais, na mesma materia, e relatada que AT&T, Apple, e Exxon Mobil irao pagar este ano divididentos de mais de 10 bilhoes(sim bilhoes) ao seus acionistas? Sera que paira mesmo um temor sobre a cabeca destes acionistas? Duvido.
Empresas de negocios, nao as finaceiras tem patrimonios para serem investidos na casa dos 2 trilhoes(sim trilhoes) de dolares. Eles cetamente estavam esperando o desfecho das eleicoes. A industria automobilistica vai de vvento em popa. Segundo um artigo do David Brooks do NYT em mero 7 anos os EUA passaram a Arabia Saudita na producao de petroleo.
Fiquei sabendo tambem que a cidade de Nova York ha mais de um anos adiciona quase que 30 mil ha mais de um ano e meio.
A popularidade do presidente Obama pode ate estar em baixa, mas certamente nao e por que a economia do pais esta dando somente sinais de melhora. Ha uma vasta rede de desinformacoes espalhada pelo pais, a finalidade dela certamente e pregar o cataclisma economico. Quanto mais mentiras sao ditas sobre a condicao atual dos EUA, mais o pais se fortalece. Talvez voce nao acredite, mas o presidente Obama com toda certeza sera visto futuramente como um grande lider que soube navegar o pais em aguas turvas e tempestuosas durante seus 8 anos de mandato.
Edson, acho que as coisas melhoraram, sim, mas ainda há temor. Você vê isso com o índice de consumo, que se recuperou de maneira limitada. Wall Street e outra história, a aposta ali é possibilidade de lucro, e sabemos que possibilidade de lucro não está somente associada a economias 100%. Existe ainda um temor de que as consequências da “sequestration” afetem essa recuperação — e a análise não é minha, é do Escritório de Orçamento do Congresso (que, diferentemente do que o nome indica, é independente). Sobre o Obama ser um grande presidente, concordo que seja cedo para avaliar. Mas, neste momento, ele não age como um grande presidente. É difícil saber se outro — democrata ou republicano — faria melhor, mas ele não parece ter a força de liderança necessária para congregar e quebrar impasses. Espero estar errada. Abs.
Luciana,
No meu comentario quis dizer que a cidade de Nova York ha mais de uma ano vem adicionando mais de 30 mil postos de trabalho.
Após ler o seu post, é de se perguntar: quando começará, na prática, o segundo mandato de Obama? quando a oposição vai cumprir o seu papel republicano? quando alguém irá tirar o país do ponto morto em que se encontra? quando o Tea Party oferecerá uma alternativa ao governo?
O problema é que o Tea Party não oferece alternativa, o Partido Republicano patina, o governo democrata patina… Sério, esse país está travado. Abs.
Caramba e não é que os EUA vão acabar virando parte da América Latina.
Já começaram atacando a livre iniciativa e agora constroem a messianização do presidente.
O NYT o WP e a CNN ainda vão se arrepender de santificar o mais populista presidente dos EUA dos últimos 100 anos.
Acho que essa fase já passou, sideshow bob. Abs.
Mesmo a Sra. retirando os meus comentários por não agradar os seus governo preferido este movimento na minha maneira de ver continua HOGWASH.
Veja quantas pessoas ofereceram a sua(deles) opinião a respeito do seu tópico no jornal ZERO, NADA, ZILTS, porque é HOGWASH.
Jack, não tirei, mil desculpas. O blog está com um problema grave de spam, está muito difícil encontrar, no meio dos spams, comentários feitos em posts mais antigos. Vai levar um tempo, mas vou liberar todos. Ab.