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Americana

Ideias e histórias que só poderiam vir dos EUA

Perfil Luciana Coelho é repórter em Washington

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Nós, o povo

Por Luciana Coelho
20/12/12 19:45

WASHINGTON – Depois da tragédia em Newtown, pipocaram petições e movimentos nos EUA pedindo a proibição total ou parcial do porte de armas ou, no contra-ataque, a defesa do porte legal e dos proprietários que segue a lei.

Cartaz em Newtown pergunta o porquê da chacina (Reuters)

Nenhuma vitrine é melhor para observar essa movimentação do que o site de petições da Casa Branca, uma ferramenta virtual inaugurada pelo governo de Barack Obama para que os cidadãos possam fazer suas demandas e arregimentar apoio a elas batizado como “We The People”, em alusão ao preâmbulo da Constituição. O governo promete ler e responder todas aquelas que reúnam mais de 25 mil assinaturas em um mês.

Existem hoje no site 171 petições. Destas, 12 pedem a proibição total ou parcial da venda de armas, enquanto 14 querem apoio ao porte legal. As petições antiarmas atraíram 350 mil assinaturas na última semana, e as pró-armas, 115,4 mil (sendo que 27,5 mil defendem inclusive o uso de armas nas escolas, ou com a proteção por guardas, policiais ou veteranos de guerra, ou com o treinamento dos próprios professores).

O site de petições — onde há documentos pedindo de um aumento de verba para a Nasa à liberação do uso recreativo da maconha em Ohio, além da independência dos Estados do sul do país — pode refletir melhor o poder de ativismo do que a vontade da população em si.

Mas é verdade também que as posições sobre esse tema, sempre divididas com ligeira vantagem para os pró-armas, desta vez parecem pender para os que querem a restrição. Na quarta, uma pesquisa feita para a rede CNN mostrou a preferência de 52% pelo controle — uma vantagem dentro da margem de erro, de quatro pontos.

O presidente Barack Obama pediu a seu vice, Joe Biden, que encabeçasse uma força-tarefa para propor soluções de contenção de tragédias assim. Propostas que envolvam mais restrições devem seguir para o Congresso já em janeiro, determinou o presidente, no que se enuncia como mais uma batalha entre republicanos e democratas e, sobretudo, entre as costas e o miolo e o sul do país.

Mais nebuloso do que o plano para armas, porém, são as esperadas propostas para melhorar o diagnóstico e o tratamento de problemas de saúde mental. No site das petições, há cinco sobre o assunto, com 44,7 mil assinaturas. Sobre este assunto, o melhor texto que eu li (e recomendo, com pedidos de desculpa por não ter os direitos para traduzi-lo) é este aqui:http://www.huffingtonpost.com/2012/12/16/i-am-adam-lanzas-mother-mental-illness-conversation_n_2311009.html 

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Comentários

  1. Eduardo Foss comentou em 21/12/12 at 6:33 am

    E’ curioso que a midia Brasileira sempre so’ faca alusao a CNN, que e’ explicitamente Obamista e social-democrata, e nunca faca mencao a midia oposta, tipo Fox News, que e’ republicana, economicamente liberal e socialmente conservadora.

    • Luciana Coelho comentou em 21/12/12 at 2:25 pm

      É que foi a única pesquisa que saiu a respeito até agora, Eduardo. Abs.

  2. Eduardo Foss comentou em 21/12/12 at 6:49 am

    Alem do mais, fora essa preferencia inexplicada e nunca explicita, vale lembrar que a Constituicao que se inicia com “We The People” e’ a mesma que previa ja’ em 1780s porte de armas generalizado, e nao e’ uma que nao permite que a vontade da maioria (no caso de proibir armas) impere sobre os direitos individuais. Ir contra o porte de armas e’ ir contra a Fundacao americana. Thomas Jefferson, constituinte e terceiro presidente americano fala sobre isso:

    – No freeman shall be debarred the use of arms [within his own lands].

    – “The strongest reason for the people to retain their right to keep and bear arms is as a last resort to protect themselves against tyranny in government”

    – A free people [claim] their rights, as derived from the laws of nature, and not as the gift of their chief magistrate

    – I would rather be exposed to the inconveniences attending too much liberty, than those attending too small a degree of it.

    – A strong body makes the mind strong. As to the species of exercises, I advise the gun. While this gives moderate exercise to the body, it gives boldness, enterprise and independence to the mind. Games played with the ball, and others of that nature, are too violent for the body and stamp no character on the mind. Let your gun therefore be your constant companion of your walks.

    • Luciana Coelho comentou em 21/12/12 at 2:26 pm

      Você leu o post, e o post anterior? Estou justamente dizendo que o direito do porte está na COnstituição,e que a maioria sempre foi a favor dele. Abs.

    • RicardoR comentou em 26/12/12 at 2:32 pm

      Os tempos eram diferentes em 1780 havia regiões onde a presença do estado não existia e era cada um por si.

      E o mais importante as armas eram outras.

      Nos Estados Unidos hoje compra-se fuzil AR-15 no WalMart, acho que mesmo Thomas Jefferson pensaria novamente se soubesse que a coisa ia chegar a tal ponto.

      A probabilidade de os Estados Unidos virarem uma tirania eh bem pequena, e mesmo que fosse o caso para se tornar uma tirania precisa-se do apoio das forças armadas e eh ridiculo achar que pessoas comums com armas iriam conseguir impedir a força armada mais poderosa do planeta.

      • Luciana Coelho comentou em 26/12/12 at 3:17 pm

        Exatamente, Ricardo, exatamente. Abs.

        • Joe comentou em 27/12/12 at 6:19 pm

          O preço da liberdade é a vigilância constante! – Os EUA têm
          uma economia em crise, uma população em processo de envelhecimento,
          empobrecimento e cada vez mais dependente de benefícios sociais
          federais. Têm um presidente sem o menor compromisso com a verdade
          (alô, Bengazi!), sem preocupação com a liberdade de imprensa
          (lembram do boicote à Fox News?), não liga para limites legais
          (czar disso e daquilo, EPA regulando até água como se fosse
          poluente…), que por algum motivo quer estourar as finanças do
          país (quer gastar e arrecadar cada vez mais sem fazer cortes), que
          não pensa duas vezes antes de demonizar quem ousa fazer oposição e
          culpá-los pela própria incompetência e sataniza as pessoas bem
          sucedidas do país (é a versão americana da Dona Zelite e da herança
          maldita). Além disso, a imprensa, por alinhamento ideológico, faz
          campanha permanente pra ele. Não só a imprensa americana,
          lamentavelmente. Nenhuma democracia vira tirania do dia para noite.
          É sempre com a degradação gradual das instituições, leis e
          liberdades. Já aconteceu em vários lugares porque não houve
          resistência suficiente, porque teve a turma do deixa-disso, do
          não-é-tão-ruim-assim, é-ridículo-pensar-isso e por aí afora. Nunca
          aconteceu nos EUA porque nunca faltou resistência.

          • Jack in the Box comentou em 29/12/12 at 8:53 am

            Joe o seu comentário é muito correto. A mídia dos EUA com a
            ajuda da mal informada mídia internacional estão fazendo do Obama
            um falso “almighty” e todo poderoso. Obama por sua vez quer por
            falta de competência, quer por “joguinhos políticos” está drenando
            o país para os seus próprios caprichos e interesses. Eu creio que
            ele está se lixando sobre o chamado”ABISMO FISCAL” , e se
            preparando como fez muitas vezes de culpar os partidos opostos pela
            não aprovação do seu(dele) plano. Ele quer continuar gastando sem
            limites. Eu não posso afirmar, mas não sei se atrás desta taxação
            aos que ganham mais de 250 mil US$ por ano, ele não vai “aplicar”
            fundos para sustentar o seu “enfadonho sistema de saúde conhecido
            com o nome de “Obamacare”.” Em Mais 15 dos 50 estados dos EUA já
            não querem adotar este plano de saúde. Em New Jerseey por exemplo o
            governador dissse que teve muitas questões à respeito e nunca
            recebeu uma só resposta em retorno.

  3. Emilson Nunes Costa comentou em 21/12/12 at 11:42 pm

    Em reflexão a um massacre como esse, ocorrido ontem em Connecticut nos EUA, onde foram mortas 20 crianças, em 21/03/2009, no jornal Diário do Vale, publiquei o seguinte artigo, titulado como “Games de Matança e os Massacres em Escolas”:
    Você sabia que os dois jovens, Eric Harris e Dylan Kleibold, responsáveis pelo massacre de Columbine, no Colorado, em 1999, ensaiaram-no num software de game, adaptado de acordo com as dependências da escola? E que tal capacidade de adaptação se deu devido ao uso intensivo de variados games, que se generalizam por um grupo armado que sai em busca de seus opositores para eliminá-los com armas de fogo de diversos calibres? Ainda, nos EUA, no município de Paducah, no Kentuchy, em 1997, houve um outro massacre em escola. Peritos criminais surpreenderam-se com um aproveitamento de 100% de tiros disparados, em relação à sua concentração e distância média dos alvos. O atirador foi um jovem estudante. No entanto, segundo sua família, ele nunca tivera arma de fogo, e nem praticara em clubes de tiro. A explicação para tanta destreza, e que acabou fazendo parte do relatório oficial da polícia sobre o massacre, foi a de que o atirador adquiriu tal reflexo e precisão de tiro, fazendo uso de vários tipos de games de matança em que era viciado; assim como aqueles atiradores de Columbine.
    Você sabia que, nos finais dos anos 80, esses games de matança tiveram como matriz inspiradora games criados pelas Forças Armadas Norte-Americanas para aprimorar o treinamento militar de seus soldados, onde há a simulação em combate urbano? Destaco aqui algumas das principais conclusões científicas desse laboratório de guerra:
    1ª Como a relação de embate entre os oponentes se dá em frações de segundo, em relação a deslocamentos, reações físicas e mudanças de cenário, dificulta-se a manifestação do raciocínio crítico; derivando-se, portanto, ao raciocínio ou reação instintiva a resultar em um processo de “condicionamento reativo”. 2ª Em uma experiência de caráter comparativo, após treinamento exaustivo de dezenas de soldados nesses games de guerra, os mesmos, juntamente com soldados de formação convencional, participaram de uma competição através de um embate simulado em área urbana, cujos inimigos eram alvos em movimento. Os resultados foram surpreendentemente positivos: a competição foi vencida pelos soldados treinados pelos games de guerra, apresentando um aproveitamento de alvo de 90% em relação aos 70% de seus adversários. Tudo isso, claramente, facilitado por um reflexo mais apurado. 3ª Querendo apurar a “capacidade de dessensibilização” ou perda da capacidade de sentir remorso ao tirar a vida de um ser humano, soldados treinados pelos games de guerra e os treinados pelo método convencional, equipados com sensores eletrônicos presos no corpo, foram soltos em uma floresta para matar animais de grande porte. O verificado foi que, logo após matarem um animal, os soldados treinados pelos games de guerra registraram uma frequência média de batimento cardíaco de 14% menor que a dos soldados treinados pelo método convencional; produzindo, portanto, bem menos quantidade de adrenalina, sugerindo menor sentimento de remorso, quando no ato de matar.
    Já, na primeira guerra do Iraque, os cientistas aproveitaram seu cenário real para melhor apurar a capacidade de dessensibilização provocada pelos games de guerra. Através de investigação psicológica, junto aos soldados que tinham a certeza de terem matado o inimigo no campo de batalha, portanto, tendo a certeza de terem tirado a vida de um ser humano, em comprovação à experiência anterior, constatou-se, dos soldados treinados pelos games de guerra, menor sentimento de remorso, em relação aos que foram treinados pelo método convencional.
    Ao ser novamente impactado por mais um massacre em escola, dessa vez em Winnden, na Alemanha, causado por um jovem estudante, também usuário contumaz de games de matança, lembrei-me que, há três anos, em uma lanhouse, deparei com um bando de estudantes uniformizados e barulhentos que jogavam esses games em rede. Lá pelas tantas, um disse, de modo aparentemente raivoso, referindo-se à sua professora de história – a qual aqui chamo de Maria – associando-a a uma personagem do game, o seguinte: “Mata essa Maria”! Um outro retrucou: “Que Maria é essa…”?! Respondeu o primeiro: “A professora de história”! Célere, completou um terceiro: “Nesse caso, quem vai matar sou eu”! E foi acompanhado pelos demais com entusiasmadas manifestações de apoio.
    Isto posto, compartilho minha angustia com a seguinte indagação: Até que ponto nós, os pais, os professores, líderes religiosos, o Estado, através dos governos, dos parlamentos, do Judiciário, da Promotoria da Infância e da Juventude e do Conselho Tutelar, estamos negligenciando, pela omissão, a “capacidade cientificada” desses games de matança em dessensibilizar, nos nossos jovens, a compreensão do direito à existência de seus semelhantes e, por consequência, a possibilidade de realizarem aqueles mesmos massacres?
    Professor Emilson Nunes Costa. 16/12/2012.

    • Luciana Coelho comentou em 25/12/12 at 9:50 pm

      Professor, obrigada pelo artigo. O senhor viu a reportagem sobre a simbiose entre a indústria de armas e a de videogames no “New York Times” agora no Natal? Abs.

      • Emilson Nunes Costa comentou em 25/12/12 at 9:54 pm

        Não, eu não li. Obrigado pela dica!
        Um Feliz Natal Para você e toda sua família!

        • Luciana Coelho comentou em 25/12/12 at 10:32 pm

          Para o senhor também! Acabei de colocar um post natalino SEM POLÍTICA 🙂

          • Emilson Nunes Costa comentou em 26/12/12 at 6:13 am

            Obrigado!

    • RicardoR comentou em 26/12/12 at 2:37 pm

      O que eu acho engraçado nessa história é querer banir/controlar os jogos mas ser contra banir/controlar as armas.

      Não estou falando de você especificamente, mas li várias matérias condenando games e essas mesmas pessoas defendem o direito a ter armas e são contra restrições (gostam da idéia de poder ir ao WalMart comprar um AR-15) porque “fere a liberdade prevista em constituição”

      • Luciana Coelho comentou em 26/12/12 at 3:20 pm

        Então, Ricardo, eu não acho que tenha de banir os videogames, mas seria bom rever o conteúdo deles, não? Alguns são realmente excessivos. Sobre liberdades, é verdade, a liberdade de expressão (dos videogames) deveria ser tão sagrada quanto ao direito individual de portar armas, se o raciocínio é esse. A questão é o que se sacrifica por ambas essas liberdades. Seria excelente se todos os donos de armas e jogadores de games violentos usassem o primeiro só para a defesa e o segundo só para a diversão, mas sabemos que não é assim. Acho que regulação faria bem a ambos os mercados. Abs!

        • RicardoR comentou em 26/12/12 at 3:43 pm

          Então, quando falei em banir/controlar estava me referindo não aos video-games em geral mas sim aos jogos violentos.

          E nesse ponto eu discordo, acho que jogos, filmes e livros violentos não deveriam ser banidos controlados. São ficção, espera-se que pessoas saibam diferenciar.

          Se não daqui a pouco estaremos banindo filmes do super-homem porque as pessoas estão se jogando de prédios achando que podem voar.

          Agora banir/restringir armas eu acho válido até mesmo para evitar pessoas com problemas (tendo elas assistido/jogado/lido temas violentos ou não) tenham uma forma conveniente e fácil de matar.

          • Luciana Coelho comentou em 26/12/12 at 8:31 pm

            Banir não, mas acho que parcimônia faz bem. Não é uma questão de crença fantástica, como voar, mas de banalizar o ato de atirar. Enfim, opinião, só. Abs.

  4. Emilson Nunes Costa comentou em 23/12/12 at 10:56 pm

    Todas as vezes que acontece um massacre como esse, nos EUA, além da livre posse de armas, as indústrias de vídeo games de matança e da arte cinematográfica, com seus filmes cada vez mais violentos, também são objetos de discussão como condicionamento à loucura para matar. Observo o seguinte: As associações de produção e distribuição de vídeo games, há muito, manifestam sua preferencia em apoiar o Partido Democrata. Para demonstrar esse apoio, desenvolveram games violentos onde os alvos eram figuras como Sarah Palin, Donald Rumsfeld, Condoleezza Rice, George W. Bush, Dick Cheney e outros proeminentes do Partido Republicano. E, como também sabemos, a indústria da arte cinematográfica, com suas celebridades, como diretores, autores e atores, são apoiadores históricos do mesmo Partido Democrata. Já a NRA é uma associação historicamente associada ao Partido Republicano. Assim sendo, é impossível observar a angustiante tentativa de, através de um debate nacional, evitar uma forte polarização ideológica entre conservadores e liberais. A chamada mainstream media, identificada com o Partido Democrata, claramente, tem poupado a indústria da arte cinematográfica, não a expondo à crítica popular com relação à sua contribuição para ocorrência desse e de outros massacres em estabelecimentos de ensino, mas, sim, concentra o debate sobre a NRA como a única responsável por esses massacres.
    Eu tenho mais de 400 seguidores americanos no twitter, a maioria conservadora como eu. Há televisivos como comentaristas da Fox, Ellis Henican e meu amigo Jonathan Hoenig; escritores como John Truman Wolfe; comediante Evan Sayet; líderes políticos como Emy Kremer do Tea Party, deputado federal Dan Benishek e outros. Para conferir, acesse a minha relação de seguidores: ‏@emilsoncosta. O que me impressionou foi a forte reação de concordância desses e outros seguidores quando eu twitei a seguinte mensagem: “How hypocritical are the celebrities of cinema who profit from their talent in extremely violent movies criticizing the NRA as esponsible for this massacre”!
    Professor Emilson Nunes Costa. 23/12/2012.

    • Luciana Coelho comentou em 25/12/12 at 9:58 pm

      Professor, acho que o senhor tem razão, o problema precisa ser atacado nos dois pontos. Bom, e não só nesses dois. Quando o Joe advoga pela melhoria dos diagnósticos de sanidade e do tratamento mental, ele também está correto. Mas restringir a posse de armas me parece ser restrimgir o número de mortes, um primeiro passo. Educação — e aí entra a questão da banalização da violência que o senhor menciona, importantíssima, seria outro passo, simultâneo ou consequente. Mas defender o porte de armas com base no fato de eleas serem objetos inanimados, como segue a linha de argumentação da maioria dos comentaristas conservadores, é reduzir o debate. A questão é antes de tudo cultural: cultural ´pelo tipo de mensagem que se passa; cultural pela balaização da morte na indústria do entretenimento; cultural por estar associada, como em nenhum outro lugar, à noção de liberdade individual. Acho complicado argumentar, porém, que chacinas sejam um preço a pagar pela manutenção de um direito do cidadão quando em outros países em situação socioeconômica semelhante esse preço não existe, ou quase não existe. Abs.

    • RicardoR comentou em 26/12/12 at 2:46 pm

      “How hypocritical are the celebrities of cinema who profit from their talent in extremely violent movies criticizing the NRA as esponsible for this massacre! ”

      Não vejo hipocrisia, uma coisa é um filme de ação, outra coisa é a vida real.

      Mesmo um ator de filmes violentos podem criticar sim a NRA porque o que eles fazem são filmes fantasia e o que a NRA faz é realidadade, incentivando o uso de armas para que empresas fabricantes de armas possam continuar vendendo.

      • Jack in the Box comentou em 26/12/12 at 8:41 pm

        O Sr. deve trocar as lentes dos seus óculos ou o Sr. é
        inocente demais. É pura hipocrisia por parte de quem faz estes
        tipos de vídeos violentos e jogam nas mãos das crianças.

      • Jack in the Box comentou em 28/12/12 at 11:36 am

        O que o Sr. gosta ou não então leia o artigo no site abaixo
        http://www.newsmax.com/Newsfront/NRA-Gallup-favorable-poll/2012/12/27/id/469243?s=al&promo_code=114E7-1
        Agora gostaria de saber onde no Brasil um país que proíbe a venda
        armas de fogo consegue matar entre 40 a 50 mil pessoas por
        ano.

  5. Fabio Sliachticas comentou em 26/12/12 at 10:28 pm

    O jornalismo meia boca só se alimenta de sí próprio, da
    mídia mainstream e chique. Só consome informação de grife. E
    sabemos quem são os donos dessas grifes e o trabalho que fazem.
    Nenhum jornalista levantou a questão das câmeras internas de
    segurança neste ou em qualquer outro massacre recente. No massacre
    do “filme do Batman, levado a cabo por um infeliz que é nitidamente
    um incapaz (qualquer imbecil vê isso, menos o bicho jornalista),
    muitas testemunhas viram ele ser conduzido até a sala de cinema por
    outras pessoas. Algumas dessas testemunhas morreram. (nenhum
    jornalista se perguntou como esse sujeito, portando várias armas,
    caminhou do estacionamento até a sala de cinema) Fatos que podem
    ser averiguados pela internet mesmo, mas como já disse, jornalista
    só consome notícia de grife (ou faz o que mandam), não averigua os
    fatos. Não quer saber em nome do que ou pra quê inocêntes são
    mortos. Como sempre a verdade é o que menos importa. Vamos seguir a
    boiada na trilha da comoção criada de maneira sangrenta e
    artificial.

  6. Joe comentou em 27/12/12 at 5:52 pm

    1. Impedir o cidadão de ter armas não funciona no Brasil e
    não funciona nas partes dos EUA que fizeram essa bobagem. – 2. Essa
    conversa de que os tempos da segunda emenda eram outros não passa
    de bobagem. O porte de armas é preciso em situações assim:
    http://www.huffingtonpost.com/2012/01/04/mom-kills-intruder_n_1183336.html
    Sem contar que esse argumento de que os tempos eram outros serve
    para cassar qualquer coisa. Liberdade de expressão, de imprensa,
    direito de voto… – 3. Os massacres são cometidos por gente insana
    em gun-free zones (Columbine, Virginia Tech, Ford Hood -sim, Fort
    Hood, amigos- e agora a escola em Newtown). E são impedidos quando
    aparece alguém armado no caminho (Appalachian School of Law). E a
    conclusão da esquerda, contra a lógica e contra os fatos, é
    desarmar mais gente, criar mais gun-free zones. Por que isso?
    Simplesmente porque os massacres, para a esquerda, são só pretextos
    para avançar a causa de diminuir o cidadão e aumentar o Estado. O
    Obama, depois de fazer cena de choro e comoção, foi baixo ao ponto
    de usar esse massacre para tentar constranger os republicanos a
    ceder nas negociações fiscais. – Felizmente, como mudar a
    Constituição dos EUA é muito difícil, a discussão começa a chegar
    no que realmente interessa: como evitar que gente insana cometa
    atrocidades.

  7. Thiago comentou em 28/12/12 at 11:19 am

    Luciana, sabe o que vai acontecer com a lei americana sobre
    armas? Nao vai mudar uma virgula. O Obama ele não se pronuncia de
    forma direta contra as armas. Ele fala que tem que tomar
    providências. Duvido muito que proiba a venda de metralhadoras nos
    EUA para os civis. Muito improvável. Proibição total de venda de
    armas nem em sonho isso acontece nos EUA

    • Luciana Coelho comentou em 28/12/12 at 2:07 pm

      verdade.

  8. Henrique comentou em 12/03/13 at 7:46 am

    Interessantes comentários sobre os bastidores da capital do mundo.

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