A Segunda Emenda
15/12/12 00:14WASHINGTON – Quando um rapaz de 24 anos entrou em um cinema em Aurora, um subúrbio de Denver, e matou a tiros 12 pessoas em julho deste ano, os dois então candidatos à Presidência dos EUA lamentaram a tragédia, ofereceram pêsames e evitaram questionar o direito de qualquer cidadão americano ter uma arma.
Em plena campanha, discutir a Segunda Emenda da Constituição americana, que garantia o direito ao porte de armas em um tempo em que os EUA ainda tinham milícias, não era considerado eleitoralmente saudável.
Nesta sexta, quando outro rapaz matou 20 crianças e seis adultos em uma escola de ensino fundamental em Newtown, um cidadezinha de 27,5 mil habitantes no rico Connecticut, Jay Carner, o porta-voz do reeleito presidente Obama, falou que chegaria o dia de debater a questão do porte de armas. Mas não hoje.
Tristemente, esse tipo de crime se torna mais e mais parte do repertório americano. Mas se o dia do assassinato de 20 garotos e garotas de menos de 10 anos não é adequado, haverá um momento de fato para esse debate?
Apresentadores de TV e repórteres estão chorando diante das câmaras. Crianças salvas por seus professores durante o tiroteio relatam o barulho e os gritos que ouviram aparentemente sem ter ainda a dimensão total daquilo que presenciaram. O presidente interrompeu seu pronunciamento público, de apenas cinco minutos, três vezes. Para limpar a voz embargada, enxugar uma lágrima e respirar fundo. “Ele está acompanhando o noticiário também como pai”, lembrou Carney.
Mas Obama não tocou na Segunda Emenda. Disse apenas que é preciso união para tomar “ações significativas“. O que poderia ser mais significativo do que controlar a venda de armas?
Amigas com filhos na mesma idade das crianças que foram mortas, e que vivem não tão longe de Newtown, estão distribuindo um artigo do “Huffington Post” que classifica o controle de armas como uma bandeira para os pais.
O que Carney defendeu hoje equivale a dizer que o momento de emoção não é o mais indicado para um debate sobre uma questão tão cara aos americanos, o que faz sentido. Mas quando falamos de uma escola infantil como alvo de um atirador, há como tirar a emoção da equação? E quando lembramos que este é o terceiro massacre — além do do cinema, houve o do templo sikh em Milwaukee, em agosto — em menos de seis meses, dá para dizer que as estatísticas são distorcidas?
Muitos leitores, em outras ocasiões, disseram que no Brasil a venda de armas é proibida, e as mortes por arma de fogo, mesmo assim, batem perto dos 40 mil (os dados variam conforme a fonte e o tipo de contagem).
Mas o Brasil talvez não seja o melhor parâmetro para comparar com os EUA. Em outros países ricos onde a venda de armas é proibida ou controlada, a incidência de crimes do tipo é significativamente menor do que nos EUA. A Escola de Saúde de Harvard estabeleceu a correlação entre número de armas e de assassinatos.
Mesmo assim, a discussão se complica porque a maioria dos americanos continua a ser a favor do porte de armas, e a Segunda Emenda parece intocável. A NRA, principal associação pró-armas, tem 1,7 milhão de fãs no Facebook.
Mas existe uma campanha crescente por melhor regulamentação, checagem de antecedentes, controle sobre as vendas, limitação de número e tipo de armas vendidos. É sobre esse debate que os políticos e ativistas americanos deveriam começar a construir sua argumentação.
As informações por ora, aliás, são as de que o atirador usou armas que pertenciam à sua mãe no crime. E que serviram também para matá-la.
Os americanos são paranoicos quanto a defesa pessoal. Preferem morrer com a própria arma do que ser ameaçado por uma comprada por um bandido, afinal os bens valem mais que a vida para eles!
Não sera desarmando a população que se evitara esse tipo de crimes. Atualmente as pessoas podem comprar, por meio da deep web, armas por US$1000(ilegalmente), com entrega em casa. Portanto, pessoas que são capazes de cometerem esse tipo de crime não serão impedidas por não poderem comprar armas legalmente. Somente serão impedidas pessoas de bem de se defenderem.
Você só esqueceu de dizer que o massacre ocorreu em uma zona gun-free, que provavelmente você não sabe o que é, mas para os leitores explico: são locais em que justamente são proibidas as armas… Folha, por favor, desde quando vocês permitem que asneiras sejam ditas? Ah… esqueci que vocês são um jornal comprado e entupido por interesses exclusos e sensacionalismos exacerbado.
Oi?
Exatamente. A mídia mostra só uma parte da história, a parte que os alienados gostam. Porque não comentam que escolas e faculdades fazem parte das Guns Free Zones, onde é proibido o porte de arma POR CIDADÃOS DE BEM. Bandido ou maluco algum deixará de portar armas em algum lugar, somente quem segue a lei. O Estado sempre faz o seu papel em vitimizar os cidadãos. Impossível que tal massacre ocorresse se todos os adultos da escola estivessem capacitados e armados.
Mas você esperava o que, Daniel, que um dos professores sacasse uma pistola? Você colocaria seus filhos em uma escola infantil onde todos os professores, coordenadores, serventes, inspetores etc estivessem armados? Eu concordo que a proibição por si não vá resolver completamente o problema, há muitas outras medidas necessárias, e nem acho que seja possível simplesmente proibir o porte nos EUA, já que está garantido na Constituição e tem apoio popular. Mas deveria haver maior restrição e controle. Não acho que escolas infantis com professores armados seja a solução, sério mesmo. Abs.
Luciana, o que me espanta é vc perder seu precioso tempo respondendo um comentário tão sem sentido como esse do Sr. Daniel Marques.
Aliás, talvez mais do q proibir armas seja mais importante uma campanha para q pessoas como ele comecem a usar o conteúdo do crânio para algo mais do q ajudar no equilíbrio do corpo. A rejeição as armas seria então uma consequência natural.
Oi Ricardo, é que quando eu me propus a fazer o blog, concordei em conversar com todos os leitores que fizessem comentários respeitosos, independentes de eu achar que fazem sentido ou não (não sou juíza de nada, né). Acho interessante que se trave a discussão. Se pelo menos uma parte das pessoas que acham que andar armado é solução para tudo colocar na balança prós e contras, já estou feliz. E, veja, há gente aqui que defende o porte de armas usando argumentos mais sólidos, após ter pesado tudo. Essa reflexão é válida. A ideia é justamente evitar a defesa de soluções prontas, tamanho único. São elas que acabam levando a conclusões enganosas, do tipo de que professores infantis deveriam entrar armados em sala de aula. Abs!
É por causa de sujeitos como esse Daniel que tragédias como essa acontecem. O cara tem um amor incondicional pela violência e nada entre as orelhas. É o tipo do cara que só pensa nas consequências de possuir uma arma quando o amiguinho do filho dele mata o filho dele com uma arma que ele pegou no criado-mudo da cama dele. As vezes, nem assim.
HAHAHA vocÊ é engraçado amigo, obviamente não entende NADA sobre as PESSOAS. Não é “amor a violência” é o desejo de poder se defender quando o Estado falhar, isso é SEMPRE. Você vem com esses comentários “pacifistas” e não PENSA, tu é não tem nada entre as orelhas, tu é que vai virar “mulherzinha do Estado”, não consegue enxergar que está a perder tua própria liberdade e ainda apoia quem o fará! Confetes, Confetes para sua burrice e de todos os outros brasileiros e americanos que concordam com essa “rendição” ao ESTADO!!!
João e PR, sem ofensas.
Armar os professores e os vigilantes teria evitado essa tragédia. Gostando ou não de armas, é o que aconteceria. Arma se combate com arma. Somente no dia em que criminosos não as tenham mais, passará a ser viável desarmar as pessoas de bem.
Sou a favor do porte, porém não dá pra tomar casos pontuais de pessoas com problemas mentais sérios pra debater (a favor ou contra) o porte de armas.
Doidos ou drogados sempre poderão fazer coisas do tipo de vez em quando, e é totalmente imprevisível. Assim como matarão com martelo, carro, gasolina, enxada, garfo etc etc etc.
abcs
Rodrigo
Com certeza eu quero que todos os adultos da escola estejam capacitados e armados. Essa hoplofobia de vocês é incompreensível. Seria simplesmente impossível que esses atacaques acontecessem se TODOS estivessem armados.
Mas Daniel, se essas crianças crescessem convivendo com professores armados todos os dias elas não encarariam o uso de armas com mais naturalidade? A gente não estaria, assim, estimulando o uso, e não apenas contendo atiradores como o Lanza?
Daniel fica de boa vc éum louco.
Tenho certeza que você aplaude a coragem dos professores que morreram tentando salvar as crianças. Mas falar em um deles sacando uma arma e encerrando o episódio já ofende sua sensibilidade? Qual a lógica disso?
Sim, porque pressupõe crianças convivendo diariamente com armas na sala de aula. E se uma delas pegá-la para brincar? E se outras acharem que é normal usá-las, tendo crescido tão próximas delas? Se um professore tivesse uma arma e atirasse no Lanza, seria legítimo, claro. O problema é a convivência das crianças com armas diariamente. Sei lá, Joe, eu consigo entender argumentos pró-liberação, mas para mim é muito, muito difícil entender a defesa de que professores de escolinhas infantis andem armados, sério mesmo. Abs.
1. Quem defendeu ter alguém armado e distraído dentro de uma escola a ponto de deixar criança pegar arma e fazer alguma coisa? É impossível ter um segurança treinado e armado ou uma diretora armada e treinada na escola?
2. Qual o problema de criança, e adultos também, entender que é normal usar arma em determinadas situações? É melhor deixar esse tipo de instrução por conta dos filmes e jogos?
Foi feliz no comentário, até o momento em que afirma “se todos os adultos da escola estivessem armados”. Em uma sociedade cheia de paranoias e desequilibrados, imagina se um puxa um revolver e começa a atirar. Qualquer briga viraria um massacre. É difícil evitar que um doido compre armas e planeje um massacre, são as escolas e lugares públicos é que devem aumentar a segurança. Com detector de metais, proteção nas portas (aquela escola tinha), seguranças, etc.
Ah é então o melhor é liberar as armas nas escolas também…vou comprar um revolver para o meu filho de 7 ans…Mais u brasuca impressionado pelo que ha de pior em termos de concervadorismo, nos EUA
As armas precisam de um dedo para que disparem, Luciana. Obama ganhou meu voto na primeira eleicao, quando convocou os pais que abandonaram seus lares, para que voltassem para casa e cuidassem de suas familias. Esses tipos de malucos, sao o fruto venenoso de familias desestruturadas. Eh deles o dedo que puxa o gatilho. Ao inves de proibir armas, tem de proibir o abandono emocional e afetivo das criancas; eh ai que reside o “X” da questao e, nao nas armas…
Bosco, não acho que a mera proibição (ou melhor, a restrição) do porte resolva tudo. Existe uma série de outras medidas necessárias. Mas é melhor uma pessoa emocionalmente instável sem uma arma do que armada.Abs.
Luciana, você claramente faz parte desse grupo hipócrita que defende o desarmamento, mais a questão é a seguinte, você é inocente a tal ponto que acredita ser das armas a culpa desse massacre; ou você é do grupo de b.a.n.d.i.d.o.s brasileiros que irá GANHAR com a proibição, e então reflete esse comportamento em um pais como o EUA?
Controle de armas não surtiria EFEITO NEHUM nessas situações, pois o que cria essas situações sõ as atuais políticas “vermelhas” que estão se espalhando pelo mundo, como por exemplo a b.a.b.a.q.u.i.c.e da “luta” contra o bullying, que mais incita crianças e jovens a se tornarem malucos do que se resolverem, ou a tentativa de aprovação da PL 122 no Brasil, e por aí vai. Como já disseram no comentários: Tem muita gente culpando as armas e quase ninguém culpando quem puxa o gatilho.
Essas matanças são algo incitado á nova geração por pessoas que querem o CAOS, essa geração só se importa com videogame e tv, e são incentivados pelas famílias a fazerem o que quiserem!! O que deve ser trabalhado é o retorno da antigas tradições familiares, pois Instituição Família é a responsável por criar bons frutos que melhoraram a sociedade cada vez mais. Sob nenhum ângulo racional a restrição de porte/venda de armas resolverá essa situação.
João, não, não acho que a culpa seja “das armas”. Nem acho que proibir resolva o problema. Mas acho que o ACESSO às armas para qualquer pessoa que queira comprá-las, como ocorre em boa parte dos Estados americanos, agrava e multiplica muito o problema. Educação é fundamental, política de segurança também, você tem razão nisso. Enquanto não formos competentes o suficiente para resolvermos esses problemas, porém, seremos menos competentes ainda para manter a paz em ruas inundadas de armas. E, sim, nos Estados americanos que limitaram o porte o número de crimes com arma de fogo caiu. Vai acabar com o problema? Não. Vai reduzir o número de mortos? Vai. Abs.
“Que todos adultos andassem armados”, seria o sonho dos fabricantes, não?
Em momentos de descontrole emocional qualquer um é capaz de puxar o gatilho, ninguém é racional durante cem por cento de sua vida. Imagina a cena: na sala dos professores uma discussão descamba para o confronto físico, que isso acontece feito as barbaridades comuns a todo ambiente de trabalho, aí cada um dos presentes toma o partido de um dos contendores, estando todos armados, assim que o primeiro sacar e começar a atirar, salve-se quem puder. Nesse caso, acho que os adultos deveriam andar não com uma, mas com duas armas, ambas altamente letais e mais dois pentes sobressalentes, além, é claro, de um colete à prova de balas. Talvez quem sabe umas granadas, no caso de ter muitos desafetos.
Exatamente o meu argumento, Augusto. Abs!
“A discussão se complica porque a maioria dos americanos continua a ser a favor do porte de armas, e a Segunda Emenda parece intocável.” Se a lei é assim e a maioria é assim, encare-se a realidade.
1. O controle de armas em Washington D.C. reduziu a violência ou foi um fracasso? Foi um fracasso.
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2. O controle de armas em Chigaco reduziu a violência ou foi outro fracasso? Foi outro fracasso.
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3. Há casos de atiradores que foram impedidos de cometer atrocidades por pessoas que estavam armadas? Sim. http://en.wikipedia.org/wiki/Appalachian_School_of_Law_shooting , http://en.wikipedia.org/wiki/Tyler_courthouse_shooting#First_attempt_to_subdue , http://en.wikipedia.org/wiki/Trolley_Square_shooting , http://www.marinecorpstimes.com/news/2007/07/marine_subway_robbery_070702/ , http://en.wikipedia.org/wiki/2007_Colorado_YWAM_and_New_Life_shootings , http://www.wnd.com/2008/01/45356/ , http://www.wowt.com/home/headlines/17948249.html
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A grande maioria dos casos acima, não todos, é de pessoas com destreza no manuseio de armas porque tiveram treinamento policial ou militar. Tudo isso me leva a crer que a melhor saída é exigir que compradores de armas passem por treinamento para que adquiram destreza com armas. Porque assim mais cidadãos teriam condições de enfrentar esses atiradores, teriam mais cuidado para que suas armas não fossem roubadas por atiradores e o próprio processo de treinamento evitaria que pessoas desequilibradas conseguissem porte de armas.
Antes de mutilar a Constituição, seria bom discutir como os atiradores conseguem as armas, a autoridade médica para internar riscos iminentes (como o atirador do cinema, James Holmes), avaliar se a cobertura da imprensa não acaba incentivando esse tipo de comportamento (falo só em auto-crítica dos veículos, nada de censura ou intervenção estatal) e sempre ter em mente que nos lugares onde o controle de armas foi imposto o resultado foi ruim e que há vários casos em que um cidadão armada impediu tragédias maiores.
Joe, concordo com você. Acho que “controle” passa por muitas outras coisas, e derrubar a Segunda Emenda não é algo aceitável para os americanos. Só acho que restringir ou dificultar a venda ajudaria. Sobre treinamento, a princípio parece uma boa ideia, mas e se estiverem treinando justamente uma pessoa mal-intencionada? Eu não consegui achar estat´siticas totalmente confiáveis de Washington, mas pela Wikipedia (que você usou), o número de crimes violentos caiu (o de assassinatos caiu depois de meados dos anos 90, quando teve uma grande operação de busca e apreensão). http://en.wikipedia.org/wiki/Crime_in_Washington,_D.C.
Seu argumento contra o treinamento está respondido no meu primeiro comentário. O treinamento para manuseio de armas já peneira gente como esses atiradores. Até o processo para tirar carteira de motorista no Brasil tem certo cuidado com pessoas desequilibradas, ora essa. Tomemos o atirador do Arizona como exemplo. Ele tentou entrar em um clube de tiro e foi rejeitado porque acharam ele muito suspeito.
Se o treinamento fosse um pré-requisito para comprar armas ele não teria comprado as armas dele legalmente. Poderia até roubar umas armas e fazer o que fez, mas teria um pouco mais de trabalho.
Os links da Wikipédia que usei são de exemplos de cidadãos armados que impediram atrocidades. Não citei nenhuma estatística criminal e não pesquisei isso na Wikipédia. Citei fatos notórios a respeito de Washington e Chicago.
Joe, as pessoas não vem com carimbo na testa, “potencial criminoso”. http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/9750525/Connecticut-school-shooting-Adam-Lanzas-mother-taught-him-to-be-responsible-with-guns.html
Gente louca vem com sinais e sintomas indentificáveis por psiquiatras. É disso que estou falando.
Não todos, Joe, não todos. Distúrbios psiquiátricos dormentes às vezes se manifestam do nada.
Quem não tem sinais e sintomas de insanidade é são.
Descartar avaliação psiquiátrica/psicológica e partir para o banimento de armas (somente para o cidadão correto, bandido vai continuar armado do mesmo jeito) é só uma solução fácil e errada.
Não, não, Joe, acho importante melhorar a avaliação psiquiátrica, e não acho que a restrição das armas seja uma panaceia. Só acho que nem todos os distúrbios são detectáveis. E que restringir as armas é um começo. Abs.
Não concordo que os psiquiatras sejam os incapazes que você imagina e mesmo se fossem não sei porque isso respaldaria o fim do direito de portar armas.
Joe, não acho que seja o fim do direito, mas a limitação. Também não acho que vá resolver tudo, mas me parece uma questão matemática.
Exceto por questões ideológicas, não vejo por que
relativizar ou acabar com a segunda emenda resolveria alguma
coisa.
Plebeia falando da rainha. Até parece que no Brasil é melhor. So falta o Lula ou a Dilma ir la oferecer uma solucao.
Não estou falando que o Brasil é melhor, Bertelli, estou falando que são problemas diferentes e que a solução de um não serev para outro. Só que o crime ao qual o post se refere aconteceu nos EUA, esse blog é sobre EUA e a minha área de cobertura são os EUA. Só isso. Abs.
Um povo que se orgulha de sua violência. Um povo que exterminou os índios. O único povo que usou a bomba atômica contra seres humanos, sem absolutamente nenhum vestígio de culpa. Um povo que sempre apóia qualquer guerra idiota que o governo promova (estranhamente, um exército que não consegue ganhar uma guerra sequer).
É mais fácil eles matarem o presidente que quiser limitar a venda de armas, afinal já mataram vários.
Let them shoot themselves. They seem to love it.
Hora de aceitar, isso sim, que a espécie humana é louca, sanguinária, não empática e fora de controle. Desde sempre!
No Brasil os cidadãos de bem não podem ter armas para se defenderem dos marginais e tornam-se vítimas dos bandidos. E, essa jornalista diz que o Brasil não deve ser usado para a comparação referente ã proibição de ter armas. É fácil defender um ponto de vista quando se tira os fatos que contrariam o que se quer defender.
George, o que eu quis dizer é que tanto as razões das mortes no Brasil quanto os mecanismos de controle (e a falha deles) são diferentes demais dos EUA para que a solução de um valha para outro. No Brasil não temos pós-adolescentes invadindo escolinhas com semiautomáticas e matando 26, por exemplo. Mas temos outros problemas tão ou mais graves. O caso aqui é que o crime ocorreu nos EUA, o blog trata dos EUA e a minha formação é para cobrir e comentar o problema nos EUA. Por isso, o post se restringiu aos EUA. abs.
“No Brasil não temos pós-adolescentes invadindo escolinhas com semiautomáticas e matando 26, por exemplo.”
Realente o nosso só matou 11, ou a memória do brasileiro é tão curta que já esqueceu realengo?
Pequeno detalhe, a arma do nosso foi comprada ilegalmente, que além de matarem 11 crianças colaborou com o crime organizo.
Não estou dizendo que o Brasil é melhor, Sidnei, não distorça. Estou dizendo que o cenário é muito diferente, os tipos de crimes são diferentes. E este blog não é sobre Brasil. Fiquem à vontade para falar de Brasil se quiserem, mas não é a proposta dos posts. Abs.
Como se define quem é cidadão de bem? Até o mais pacato cidadão em um momento de medo ou ódio em situações banais pode puxar o gatilho. O que se dirá então daquele cidadão a favor do porte?
Exato. E mais: como se define a hora de puxar o gatilho? Quanta gente não puxará o gatilho “no susto”?
Os comentários de vocês, Lucina e Rsidney, têm fundamento na realidade?
Quantos americanos têm armas e quantos saem matando a esmo?
Na hora de um exame psicológico vocês acham que algum desses atiradores seria considerado são?
Vocês fazem uma confusão muito estranha entre poder ter arma e saber usar com ser obrigado a ter arma, não saber manusear e ser obrigado a usar.
Não entendi onde você achou a confusão.
Vocês falam como se existisse uma ameaça iminente de gente que não sabe mexer com arma passar a ter direito de ter, ou ser obrigada a ter, e aí acontecer esses cenários que vocês imaginam.
Acontece que já é permitido gente sem treinamento ter arma e nem por isso há uma epidemia de cidadão pacato atirando em situações banais ou no susto.
Quem não quer ter arma pode continuar sem. Não precisa dessa histeria ilógica para cassar a liberdade alheia.
Você pode falar em cerceamento de liberdade, mas não em histeria ilógica. A mãe do Lanza não era uma compradora legal de armas, equilibrada etc etc?
A mãe do Lanza não cometeu a chacina e ele próprio não teria como comprar as armas legalmente.
O problema foi ele ter conseguido roubar e ser louco.
A partir disso não sei como você pode concluir que o problema está na venda de armas.
Não acho que o problema esteja só na venda de armas, mas também na venda. A facilidade de obtenção de munição, por exemplo, não deveria ser restrita?
O debate sobre porte de armas ou até mesmo a eliminação de armas de fogo não tem nem terá o poder de evitar massacres como o de ontem e de outros tantos em escolas, cinemas e universidades dos EUA… O ‘universo’ de potenciais agressores e vítimas é grande demais, outras armas tão ou mais letais podem ser fabricadas em casa. Não é por aí que esse terrível fenômeno sócio-cultural será contido. Sem falar que eliminar ‘as armas’ é tão impossível quanto identificar potenciais psicopatas assassinos de massas…
COncordo que eliminar totalmente seja impossível, Fábio. E, sim, haverá gente que fabricará bombas. Mas fabricar uma bomba é bem mais difícil do que comprar uma arma. Não tem panaceia, mas é possível reduzir o problema, sim.
É evidente, salta aos olhos, que um controle muito rígido da compra e posse de armas iria reduzir quase a zero a ocorrência de tragédias desse tipo. Com a tecnologia disponível não seria difícil. Mas a supervalorização do individualismo, da competitividade e da violência (por exemplo, o estímulo à caça esportiva), não deixarão a sociedade americana viver em paz. Só eles podem mudar esse cenário. O primeiro passo: acabar com essa repugnante Segunda Emenda.
Acho que a maioria da população é favorável à Segunda EMenda, e a COnstituição dos EUA é quase imutável. Mas deveriam aumentar o controle e as checagens, restringir a posse e a circulação. Alguns Estados já fizeram isso com sucesso.
Muitas vezes a gente reclama que a nossa Constituição é toda remendada, mas nesse caso, ter uma Constituição quase imutável está sendo prejudicial ao povo americano. Muitos inocentes, caras que não querem manter essa Segunda Emenda, estão pagando o preço.
Tem mais: esse lugar pode até ser “zona gun free”, não pode portar arma, mas vc pode ir no supermercado e comprar um pote de iogurte e comprar uma AK-47. Esse é o problema.
Como sempre as armas, o mundo agora discute controle de armas, porque as armas, são as armas e blábláblá. Ninguem discute o que leva o ser humano a fazer isso,ninguem discute a destruição sistemática do que é uma familia. Todos nos confortamos em dizer, são as armas. Há, fizeram um estudo e existe uma correlação entre número de armas e de assassinatos! Que maravilha; porque eles não analisam o tipo de familia que esse demente tinha. SÃO AS PESSOAS E NÃO AS ARMAS QUE MATAM, ATÉ COM FACA SE FAZ ISSO.
Não dá para comparar a escala. Com uma faca, o autor do massacre provavelmente mataria, mas dificilmente teria tido tempo de matar 26 pessoas de uma vez sem ser detido, imobilizado, desarmado etc.
uma coisa é a quantidade de crimes ser estatísticamente menor que a dos Eua, por diversos fatores (que é logicamente o argumento mais usado pelos que pregam o desarmamento), outra é se ter a redução dos crimes justamente depois da proibição das armas, o que é muito pouco provável. O exemplo mais claro é o da Inglaterra e demais países europeus, já possuiam um índice baixo, resolveram controlar, proibir armas de fogo depois da segunda guera por influencia do socialismo democrático (socialistas odeiam armas na mão do povo), mas a criminalidade com uso das mesmas subiu. O Brasil é um exemplo claro e a sensação do que ocorre aqui foi o que de fato ocorreu na Inglaterra: a população, as pessoas de bem, no geral se desarmaram, os bandidos e os lunáticos, logicamente, não, os crimes com armas de fogo cresceram, pois um bandido armado agora “bota o terror” em centenas de cidadãos medrosos. Quem quiser saber mais que leiam os artigos de Thomas Sowell. Comparem, por exemplo, a criminalidade do Estado de Utah com o de Alagoas.
Quase simultneamente um chinês esfaqueou 20 crianças na porta de uma escola na China. Esse Alan Lanza tinha claros problemas mentais. Se não tivesse armas de fogo mataria com faca, paus ou pedras. Os americanos nunca irão abdicar da posse de arma porque faz parte da cultura. A pergunta que se deve fazer é como um sujeito com três armas conseguiu entrar numa escola primária?
Pois é, Cloves, atacou e não conseguiu matar nenhuma http://www.nydailynews.com/news/national/man-attacks-22-kids-knife-china-school-article-1.1220230. Já o americano matou 26 pessoas. Não dá para comparar a rapidez e alcance de uma arma de fogo — ainda mais de uma semiautomática — com uma faca. Se fosse assim, as guerras ainda seriam travadas com lanças e machetes, sairia bem mais barato. Mas concordo com você, os americanos nunca irão abdicar da posse, eles consideram isso um direito individual. Por isso, deveriam colocar mais restrições e maior controle. Sobre a entrada na escola, ele invadiu. Escolinhas infantis não costumam ter um megaaparato de segurança na entrada.
Além do controle de armas é preciso desenvolver ferramentas de avaliação psicológicas, se é que já não existem, para monitorização de pessoas que claramente apresentam perfil para este tipo de crime, como neste caso, a ser usado nas escolas em geral.
Sim, o problema é que a detecção desse tipo de distúrbio nem sempre é fácil. Mesmo assim, avaliação já seria um grande passo.
A questao do porte de armas nos EUA e dificil,sendo um direito constitucional,e a constituicao la e respeitada,nao da para editar uma medida provisoria inconstitucional como e alguns paises que conhecemos e que aguardam decadas para o supremo avalir…
Exatamente, Roberto, esse é o ponto. E os americanos são a favor do porte, da manutenção da emenda. O que deveria haver é um aumento de restrições e checagem de histórico — uma medida a qual mais de 90% da população é favorável. È preciso ao menos começar a discutir o problema.
Gente louca é louca, não vai ser a proibição de armas de fogo que vai acabar com isto. o cara vai usar faca, besta, arco e o que a imaginação mandar.
Verdade, mas com uma semiautomática “gente louca” consegue matar bem mais e bem mais rápido.
Luciana, você está nos USA e sabe que é uma cultura diferente e que eles são muito racionais em discutir qualquer tipo de assunto, principalmente os delicados como o porte de armas.
O problema é que a arma não faz nada sozinha, precisa ter alguém para manusear e qualquer tipo de limitação ou proibição é inútil pois quando uma pessoa quer matar ela consegue uma arma legal ou ilegal. Se as armas fossem proibidas e não as houvesse em casa, o atirador as conseguiria de outro jeito. A proibição seria como o caso do cara que pega a mulher com amante no sofá da sala e depois disso se livra do sofá achando que resolveu o problema…
Fernando, é verdade que quem quer matar, mata. Mas existe escala na diferença. Com uma faca, o cara teria tempo de matar 20 crianças e 6 adultos? Acho que não. Com uma semiautomática e duas pistolas, sim.
“Estranhamente” essas pessoas não entram num departamento de polícia ( delegacia ) e começam a atirar e tampouco num quartel do exército. O povo dos EUA não são brasileiros onde a passiva e alienada população engole o embuste do controle de armas. Esses “louquinhos” não entram numa lanchonete do Mc`Donalds e atiram e sabe o motivo? Armas. Eles sabem que ao primeiro disparo serão alvejado por um dos presentes no local que terá uma arma para acabar com o plano deles. Essa falácia de controle de armas só funciona em países onde os bandidos, “vítimas da sociedade” segundo os esquerdopatas, podem se sentir livres para matar e sair impunes. Vão me censurar como os covardes sempre fazem.
Entram em cinemas, lanchonetes, shoppings e matam do mesmo jeito. Nesta semana mesmo teve um em um shopping. A liberação das armas aqui não reduziu esse tipo de ataque em nada.
Existe uma demagogia barata que controlando as armas vão controlar as pessoas, o que existe na realidade são pessoas doentes, que com armas de fogo, carros, facas, explosivos ou similares vão expressar sua doentia obcessão, o foco esta errado, principalmente no Brasil onde hoje as armas são a unica forma de proteção do humano direito, visto que falta de segurança, mídia e políticos demagogos e corruptos e educação sucateada tem criado monstros e que muitos esquecem que esses elementos(armas) são inertes, precisam de que alguém as use. O registro é caríssimo, existe avaliação psicologica e a burocracia é grande, logo a arma legal é para poucos que realmente precisam, a arma ilegal, essa sim merece ser reprimida pois não tem identidade do portador. O resto é uma mistura de hipocrisia e demagogia barata, a origem do mal é o próprio ser humano, esse sim ter que ser protegido, educado, punido, isso resolve e não ficar passando a mão na cabeça de bandidos ou desviando o foco, o bandido quando quer fazer o mal o fara com qualquer arma que consiga independente do seu nome. o que não podemos é deixar o cidadão sem absolutamente nenhuma opção de defesa, esse sim é o foco, bandidos sempre existirão não podemos é punir o cidadão direito não deixando nenhuma opção a não ser perder seus familiares e patrimonio.
“A origem do mal é o próprio ser humano”, e isso não é demagogia? Luiz Carlos, acho que a questão no Brasil é muito diferente (embora não seja a favor da liberação do porte irrestrito aqui). Mas, partindo do seu argumento e do que o texto trata — o massacre nos EUA. Não tinha cidadão de bem armado ali na escolinha. Quem você esperava que reagisse e matasse o assassino? As crianças de dez anos? As professoras das crianças? A professora deveria estar armada na escola? Você acha, realmente, que todo cidadão está preparado para andar armado? E para matar alguém? E em que situação matar alguém? Quando um bandido (e vamos ficar só nos bandidos) é ameaça suficiente para que o cidadão de bem aperte o gatilho? Você realmente acha que não ia ter gente apertando o gatilho para qualquer sombra na rua? Ou gente de bem que mesmo armada não ia saber usar a arma? A punição cabe ao Estado, à Justiça. Se este é deficitário, incompetente — e muitas vezes, é — o debate então tem de ser outro. Lei de Talião, cada um por si, acredite, não vai melhorar em nada a situação, muito menos aumentar a segurança dos seus entes queridos e do seu patrimônio. Abs.
A defesa do cidadão em uma sociadade não primitiva quem faz é polícia – um número limitado de pessoas treinadas a reagir corretamente diante de situações extremas. Se no Brasil ainda não se consegue nem controlar um n° de policiais armados agirem corretamente, o que se dirá em liberar porte para todos corinthianos e cia. se “defenderem”?
Essa discussão não passa pela autorização do porte de arma. Parece que o causa motivadora desse tipo de comportamento está ligada a fatores de pressão social sobre indivíduos, algo típico da cultura americana.
Sobre meu comentário anterior seria muito bom que as autoridades e imprensa, saissem de seus escritórios e salas e fossem ao mundo real, onde as vitimas são abandonadas pelos próprios Direitos Humanos enquanto o bandido recebe toda a assistência. Vejam quanto ganha um bandido na cadeia e licenças que tem e vejam quanto ganha um trabalhador de salário minimo com não mais de 30 dias de férias de direito, quando tem. A impunidade, educação, segurança são itens que anulariam ou ao menos reprimiriam atos absurdos que vemos. No caso americano ouve falha na formação psicologica do individuo e um descontrole dos país que hoje em dia largam os filhos no mundo falando só de liberdade e direitos e esquecem da disciplina e das obrigações, é a responsabilidade de por um filho no mundo que muitos ignoram e culpam coisas inertes ou desculpas esfarrapadas para esconder a própria falha.
Aí você tem razão em alguns pontos, mas a solução, como eu disse antes, passaria por outros pontos que você mesmo citou, e não pela liberação geral das armas. SObre o sujeito que cometeu o massacre aqui nos EUA ter problemas psicológicos, sim, é provável. Por isso mesmo é melhor alguém em surto desarmado do que armado, não?
Nada a ver! Segundo o NYTimes a mãe do jovem era exemplar. O garoto fora ótimo aluno mas talvez sofresse da síndrome de Asperger. Ou seja, o ser humano é complexo demais para ser previsível. Já banir armas é (literalmente) infinitamente mais simples. A liberdade individual de porte nunca deve ser superior a liberdade comunitária de sobreviver e conviver em paz.
Aqui no Brasil , deveria sim ser liberado o porte de arma é pra geral , afinal a bandidagem esta a solta , a policia nada faz , e eu apavorado todo vez que preciso sair de casa.
Esse debate nunca vai acontecer nos EUA. A indústria de armas lá é mais forte até que o presidente. Os norte-americanos adoram se armar e andar armados. Esse problema virou crônico, não tem mais jeito. Infelizmente se houver uma tragédia, eles se matam uns aos outros. Estados pequenos tentam reverter isso mas nao conseguem. Os do meio-norte nunca abrem mão das armas. E os neuróticos adoram. É terrível viver nessa tensão, igual a população brasileira de alugmas cidades com relação a assaltos. Sinto pelos cidadãos do bem daquele pais.
A questão foi abordada pela jornalista segundo o senso- comum. Seria mais pertinente que se discutisse os limites do Estado em controlar as pessoas, em prover a segurança coletiva e individual, num momento em que o que está em jogo na política mundial é a criação de um Estado/Governo mundial capitaneado pelas grandes fortunas e pela ONU. Dentro dos EUA há uma divisão entre republicanos,que querem preservar o Estado nacional norte-americano,e democratas a favor do governo mundial e proprietários da grande mídia.
No Brasil,onde temos apenas dois polos,a esquerda social democrata e a esquerda leninista,stalinista,cubana e chavista.Ambas a favor do controle da população pelo Estado.Lembremos Hannah Arendt,existe o Estado autoritário,como foi o governo militar no Brasil e o Estado totalitário,como o que está sendo implantando agora pelas esquerdas brasileiras.
A informação da jornalista sobre o Brasil está truncada.É permitido comprar armas no Brasil se for cadastrado na PF,passar no psicotécnico,etc.Não é este o problema,embora seja raríssimo o porte por determinação do governo federal.Sou testemunha de dois fatos que podem exemplificar a questão.Assisti a um coronel PM aposentado dizer que não ia interferir em um assalto que ocorria perto dele,pois não queria ter que entregar sua arma a um juiz,se tivesse que defender as vítimas do assalto e fosse forçado a atirar, e ter que responder a um inquérito.Vi um delegado da PC dizer que não ia mais atrás de um menor homicida,pois seria inútil pelo fato do homicida ser menor e pelo risco de acontecer algo,durante a prisão,ao menor,e a policia civil ser punida.
A ONU,e isto é documento oficial,já decidiu pelo fim das policias militares em países como o Brasil,e pelo desarmamento da população civil ,visando o futuro controle ,pelas tropas da ONU,dos países que serão anexados ao governo mundial.Por isto a engenharia social,com “estudos”,ONGs,movimentos políticos,leis,para o desarmamento da população civil que possua o legítimo porte de arma.O efeito é duplo,a polução fica refém dos bandidos e perde sua autonomia civil,pronta para aceitar qualquer mudança.Enquanto isto os narcotraficantes, aliados de parte da esquerda nacional, matam os policiais militares num número assombroso.E este é o maior problema brasileiro do momento.
Sim, mas no Brasil a compra legalizada é restrita, nos EUA, na maioria dos Estados, não. Brasil e EUA são duas realidades paralelas, os tipos e motivações dos crimes são diferentes. O paralelo tem muito mais nuances do que apenas o porte de armas, é justamente isso que eu estava afirmando no texto, Pereiera (quanto à ONU e *governo mundial*, não acho que tenha nada a ver com essa história). Abs.
Mais uma tragédia, mais uma vez a lenga lenga sobre armas de fogo. As armas não mataram as crianças, que as matou foi o atirador. Dias atrás, na China, houve o massacre de 10 crianças em uma escola, mas as mortes foram provocadas com arma branca. Os jornais deram apenas uma pequena nota a respeito, mas quando é arma de fogo, vira manchete. Por que não se discute o porte de facas? Ou de porretes? Ou de mãos?
Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas!
Tito, o poder de fogo de uma semiautomática (e a dificuldade de alguém se defendendo desarmar alguém que porte uma) é bem maior do que o de uma faca, isso para ficar só nas que são usadas intencionalmente. Restringir armas de fogo obviamente não vai acabar com as mortes, mas as reduziria, como mostra o estudo de Harvard. A comparação não faz o menor sentido. Abs.
Luciana, com certeza este estudo de Harvard não abrangeu nosso Brasil. As estatísticas demonstram, pós campanha do desarmamento, nenhum restringimento as mortes por armas de fogo. Veja, por exemplo São Paulo nos últimos meses. Acrescente a isso, que um grande percentual das armas recolhidas, da qual iludido participei, retornaram as mãos de bandidos.,
Não, Marcos, não abrangeu. A situação no Brasil é ainda mais complexa. Mas a praia deste blog é os EUA, o caso foi nos EUA (e caso como estes não temos no Brasil, embora tenhamos outros igualmente deprimentes), então mantive o foco nos EUA. Abs.
Tem que continuar vendo armas,pois gera dinheiro e empregos, o problema não é a arma mas sim a pessoa que a usa. Nas escolas poderiam ter seguranças para barrar aquela pessoa que estiver carregando uma arma.
O sujeito invadiu a escola. Imagina ter de por um detector de metais na porta de todas as escolas infantis (é, porque aqui não estamos nem falando de adolescentes).
Aqui no Brasil, tiraram o direito do cidadão honesto de ter armas. Todavia, as “autoridades” não possuem meios de garantir a integridade das pessoas de bem.
Parte da coleta de armas, do tal desarmamento, retornaram aos bandidos. Resultado: a bandidagem tá à vontade, principalmente por que a orientação é NÃO REAGIR e NÃO FAZER MOVIMENTOS BRUSCOS. Inclusive são estes os argumentos, dos raros bandidos presos, sobre terem atirado e morto o assaltado. Breve, a recomendação dos “orgãos de defesa” do cidadão será: Evite sair de casa, principalmente em horário noturno.
Não seria mais apropriado sugerir cursos de manuseio das armas e de defesa pessoal ? Mesmo por que massacres ocorrem aqui em maior número que la nos States!!!
Armas não matam ninguém; quem mata são pessoas.
E os resultados de políticas desarmamentistas são sempre nulas. Quem quer matar dá um jeito de conseguir uma arma no mercado negro, tal como acontece no Brasil, onde o comércio de armas legais é praticamente nulo e, no entanto, há 50 mil homicídios por ano.
E se há um culpado pelo problema é certo aspecto da cultura americana que eu não sei bem apontar qual é. Porque em todo o lugar do mundo há transtornados mentais e psicopatas, mas é lá, bem mais que em outros lugares, que eles tem certa predileção por este tipo de prática.
Armas por armas, os suíços tem bem mais que os norte-americanos e, no entanto, nunca ouvi falar deste tipo de coisa na Confederação Helvética.
Ah, bom, mas aí é preciso coibir o mercado paralelo também. COncordo com você ue há fatores culturais (que eu também não consigo explicar, só ter uma vaga ideia) que pesam em casos como este. Mas, por isso mesmo, é melhor que essas pessoas transtornadas não tenham acesso a armas de fogo do que que tenham, não? Nos Estados americanos que restringiram o porte, o número de mortes caiu. Abs.
O que o pessoal não entende e fica com essa lenga lenga sobre o perigo das armas de fogo é que o porte de armas é um DIREITO do cidadão americano e que todo país deveria ter. Um país democrático de verdade deve dar o direito de os seus cidadãos se defenderem, tanto contra os bandidos contra o próprio Estado.
No Brasil o governo faz o povo de gato e sapato – será que faria o mesmo se a população estivesse fortemente armada? É muito mais fácil ocorrer um levante de uma população armada contra o governo do que de uma população com paus e pedras.
Olhem para o Egito, Tunísia, etc. Muitas revoltas populares foram massacradas antes de conseguirem se levantar daquele jeito. A população vivia com medo do Estado e dos militares.
Imaginem o Brasil de 64 entrando numa Ditadura Militar agora, vocês acham que ela teria durado até 85 se a população estivesse fortemente armada? Quero ver que ditador se atreveria a colocar os pés no governo.
Wellington, você está defendendo uma guerra civil?
Não, estou defendendo a independência e o direito de defesa e soberania do povo.
A formação de uma milícia não implica em um momento de Guerra. É simplesmente um jogo de forças – quem detém o poderio bélico submete aqueles que não tem ao seu comando, e um povo nunca deve estar submetido ao comando do seu governo, isto é característico de regimes ditatoriais.
A atenção fica toda voltada para as armas quando deveria ser prioridade a atenção aos cidadãos. A paranóia é tão grande que a pessoa militariza sua própria casa mas esquece de olhar para o vizinho e notar alguma anormalidade.
Ah, concordo com sua última frase, da paranoia. Mas acho utópico pensar que é possível haver milícias sem que estoure um conflito civil. Se somos um Estado, se concordamos em não viver na anarquia, é preciso que se delegue o poder bélico ao Estado, Wellington. É parte do contrato social. O Estado é imperfeito, mas formar milícias não me parece a melhor forma de corrigir esses erros. Acho que o negócio é fazer pressão nas ruas e nas urnas. Abs.
Esse bla bla bla de acabar com a compra de armas é para boi dormir; o senhor presidente dos Estados Unidos não irá querer enfrentar os que defendem o comércio de armas interno e externo; ele fala levemente sobre o assunto, como falou no primeiro mandato; o mandato acaba e nada será feito. E tem gente q ainda acredita
Pois é. Mas não deveria ser assim.
Hora de discutir valores e não armas.
Eles não devem proibir o uso de armas. Que a grande nação de espiritos livres não se curvem diante de um mundo mediocre.
A maior guerra atual esta no Brasil tamanha é a burrice de meus compatriotas que nem se dão conta disso. O problema não são as armas.
Luciana, Connecticut é um dos estados com maiores restrições à posse e porte de armas dos EUA. A cidadezinha teve um homicídio em 10 anos, antes dessa desgraça. Também sou favorável ao controle e fiscalização, mas o problema não está no acesso à ferramenta, e sim, à intenção de usá-la. As armas não eram do sujeito, eram da mãe dele. Que ele mesmo matou. Mesmo se baníssemos todas as armas de fogo do mundo, o demente usaria qualquer – insisto – qualquer outro meio pra cometer a loucura.
É sempre oportuno querer proibir armas, pois tira-se das costas a responsabilidade pelos atos e se a transfere aos meios de realizá-los.
Geraldo, acho que banir as armas não vai acabar com o problema. Precisa haver um monte de outras políticas de educaçáo, segurança etc, concordamos nisso. Mas acho que a restrição e o controle diminuiriam o problema. É possível que achasse outro jeito de matar, sim (aqui a gente só pode supor, né), mas insisto também que não dá para comparar a rapidez e alcance de uma semiautomática com uma faca, por exemplo. Agora, numa coisa eu acho que você está certíssimo: achar que o controle de armas basta e negligenciar outras questões fundamentais é uma política preguiçosa. Só acho que o debate sobre controle é um passo necessário. Abs.
Luciana
Parabéns pela paciência com esse povo violento que quer porque quer fazer o Brasil virar um faroeste. Vendo as propostas desses caras a gente percebe porque esses massacres ainda acontecem no mundo. São todos quase tão descontrolados e amantes da violência quanto o sujeito que matou essas crianças nos EUA.
É absolutamente assustador o número de “pessoas” que postaram que a “solução” para o problema é mais gente armada…
Gostaria de saber quantos destes foram treinados verdadeiramente no uso de uma arma de fogo e quantos seriam capazes de passar num teste psicológico dos mais primários para definir se podem ou não andar armados.
Se considerarmos q a PM em SP, teoricamente muito bem treinada no uso adequado de armas de fogo, outro dia matou um cidadão apenas pq este não parou seu carro, fico imaginando o q aconteceria com muitos “treinados no uso de armas de fogo” soltos por aí…
E o pior é usarem o Brasil como paradigma de comparação com os EUA, esquecendo de falar de outros muitos países, com Sociedades desenvolvidas, onde a posse de armas de fogo por pessoas comuns é restringida e os crimes desse tipo são extremamente raros ou inexistentes. Fica difícil debater com pessoas que “pensam” em tal nível.
Arma não é escudo. O comércio fácil e desregulamentado de armas, como nos EUA, proporciona cada vez mais episódios lamentáveis como esse. O Brasil, nesse ponto, do porte e desarmamento, está mais à frente. Nossa sociedade deu passos importantes nos últimos anos. A maior parte das mortes por armas de fogo no Brasil ocorre em confrontos entre policiais e criminosos, esses motivados pelo tráfico de drogas. Os cenários são diferentes e a solução para ambos os países também não é única. Mas, impreterivelmente, devem passar pela limitação do porte e consequente evolução ao desarmamento civil.
EXATAMENTE!
O sr Rodrigo deu uma opinião sensata, depois de muita bobajada que foi dita.
Opinião sensata, mas somente para quem pensar como ele. De toda forma parcial (assim como praticamente qualquer opinião).
Resta o fato que numa democracia o que conta é o que pensa a maioria e isso foi expresso numa votação que já aconteceu.
A mãe do assassino tinha um pequeno arsenal em casa para defesa pessoal e treinou os filhos em escolas especializadas, as armas não eram ilegais, é uma das cidades mais tranquilas dos EUA. Será que o controle de armas não poderia ter reduzido ou mesmo impedido esta tragédia?
Os defensores de armas americanos estão sugerindo que os professores sejam obrigados a portar armas e que todas as escolas tenham cofres com armas carregadas para uma eventualidade. Aparentemente quanto mais tragédias envolvendo armas, mais armada deve estar a população.
Uma arma carregada é um objeto feito para ferir ou matar, ainda que o proprietário seja responsável, outras pessoas podem ter acesso, como aconteceu neste caso.
Obrigada, Rodrigo, é exatamente isso.
Luciana, vc tem uma paciencia…. meus parabens, com toda sinceridade! Depois de ler tantas grosserias desnecessarias, passei a ser um defensor da elimincacao das armas, em geral…
🙂
Como comentou Joe, o controle de armas de fogo tem sido falho e de resultado 0(ZERO), porque mesmo o Attorney General Eric Holder Jr. está sendo processado no famoso Operation ‘Fast and Furious’ . Se ele responsável por o seu trabalho não consegue faze-lo correto imagine um regime de controle rígido.
No Brasil por exemplo que é proibido onde é que o pessoal(BANDIDOS) obtém suas armas?
O problema não é sobre porte de armas, mas sobre o porque uma pessoa com sindrome de Asperger não estava sendo controlada e teve acesso a ferramentas improprias pra ele. Este tipo de pessoa poderia ter feito o mesmo estrago o mai tambem tendo acesso a tanques de materia inflamavel ou explosivo (gasolina, gas…), facoes ou machados etc… vamos proibir a venda de gasolina e facas tambem. Ou talvez seja melhor só controlar que as pessoas que tem acesso a elas, assim com as armas, sejam emocionalmente estaveis e capacitadas ao uso do que compram ?
Isso de cancelar a Segunda Emenda é papo furado…vejam a verdade em: http://www.guardian.co.uk/news/datablog/interactive/2012/jul/22/gun-ownership-homicides-map….nós é que precisamos dela !
Não é derrubar, é restringir.
O problema não é sobre porte de armas, mas sobre o porque uma pessoa com síndrome de Asperger não estava sendo controlada e teve acesso a ferramentas impróprias pra ele. Este tipo de pessoa poderia ter feito o mesmo estrago ou mais também tendo acesso a tanques de material inflamável ou explosivo (gasolina, gás…), facões ou machados etc… vamos proibir a venda de gasolina e facas também ? Ou talvez seja melhor só controlar que as pessoas que tem acesso a elas, assim com as armas, sejam emocionalmente estáveis e capacitadas ao uso do que compram ?
O mesmo estrago não. Mas eu concordo com você que o problema não se resuma a controlar as armas. Abs.
Em 2010 morreram por armas de fogo, segundo o Ministério da Saúde, pouco mais de 35mil pessoas (isso inclui os que morrer em conseqüência de ações policiais). No mesmo ano morreram em acidentes de transito pouco mais de 40mil pessoas, sempre segundo a mesma fonte oficial. Aplicando os princípios adotados pelos desarmamentistas, deveria ser proibido o uso particular do carro no pais, salvo o transporte e os órgãos públicos ou de interesse público.
Em vez disso, no caso do transito, se adota maior fiscalização (da velocidade, do uso do álcool e drogas etc…), adoção de regras rigorosas para os infratores etc..
Alguém, por acaso, pode sustentar que um carro dirigido por um sociopata, drogado, alcoólatra ou simples irresponsável é menos perigoso que uma arma nas mãos da mesma pessoa ?? Ao que os números acima indicam, não é assim … então porque não adotar os mesmo conceitos (maior fiscalização e regras rígidas, mas sem proibição) também em relação as armas ??
Mas eu acho exatamente que o mais eficiente em relação as armas nos EUA seria enrijecer os critérios, não simplesmente proibir (até porque a população não é majoritariamente a favor da proibição). Agora, sobre sua comparação com os carros: 1) quantos carros existem e quantos serão usados para matar alguém? 2) quantas armas existem e quantas serão usadas para matar alguém (mesmo que se exclua as usadas em legítima defesa). O propósito –a única função — da arma é ferir e/ou matar, o do carro não. Abs.
Luciana estimativas oficiais calculam em aproximadamente 200 milhões de exemplares as armas nas mãos dos civis nos EUA, por outro lado estima-se em aproximadamente 250 milhões o numero de carros em circulção nos EUA. Numeros muito proximos um do outro !! Quantos carros são usados pra matar não saberia lhe dizer … mas o numero de vitimas, como vimos, é até superior aos das armas (no Brasil). Quanto a função das armas e dos carros, discordo um pouco pois função das rmas não é necessriamente matar mas prover um meio de defesa. De toda forma pense o seguinte, se um objeto como o carro, que como vc diz não tem função de matar ou ferir, acaba matando mais gente que as armas, que supostamente teriam esta “função” … quer dizer que o carro é ainda mais perigoso !! Então, pela logica, deveria ser proibido mais ainda que as armas …
Infelizmente, o verdadeiro problema é de tipo politico. Assim como Hitler, Stalin, Mao e Fidel … para controlar a população e poder preparar uma ditadura, a primeira meidade é desarmar todos. Sugiro a leitura desta pagina (em ingles): http://www.ecclesia.org/truth/fame.html
Lorenzo, é claro que o objetivo primário das armas é matar. Muitas vezes matarão em legítima defesa, verdade. Mas o objetivo é matar. Não defender. Objeto de defesa que não mata é escudo, colete antibala etc. Abs
Realmente, você tem muita paciência.
Não respondi ao seu blog imediatamente porque penso que era um momento de muito pesar para oferecer um comentário coerente. Qualquer comentário encharcado de argumentos políticos não honraria a memória de tantos seres inocentes perdidos num ato sem sentido A nação precisava comunhar na imensa dor de tal tragédia horripilante.
Agora, com uns dias para refletir sobre os acontecimentos, eu pondero se tem solução para prevenir este tipo de chacina. A triste realidade é que não. Controlar ou eliminar a venda das armas para acabar com os assasinatos seria como eliminar ou controlar a venda dos pes-de-cabra para acabar com as invasões de domicílio. Se nós pudermos, eliminaríamos todas as armas do fogo do mundo. Infelizmente isso ninguém é capaz de fazer. Qual seria a melhor de várias opções sem por em risco o direito absoluto do cidadão americano de possuir armas? Mais leis, altos impostos na venda das armas e balas, cursos obrigatórios para quem quer possuir armas, registros severos com períodos longos de espera, ou total prohibição da posse de armas? Nenhuma destas medidas realmente baixaria a taxa de assassinato neste país. O criminoso ou o maníaco atuam fora das leis da sociedade. Connecticut já tinha leis relativamente severas para controlar a posse de armas. O doido usou armas legalmente adquiridas e registradas. A escola tinha as portas trancadas e sistemas de alarme e controle de ingreso. Nada adiantou. Uma pessoa dedicada a fazer mal encontrará um jeito de realizar o ato.
A única solução é uma que a maioria não estaria disposto a cogitar: a presença de armas nas escolas. Existem guardas armados para vigiar as obras de arte nos museus, temos guardas armados nos bancos para vigiar o dinheiro, temos guardas armados nos aeroportos para vigiar os viajantes e temos policiais armados nas ruas de cada comunidade neste país. Será hora de introduzir guardas armados nas escolas?
A proposito, gosto do seu blog.
Jeff, muito bom seu comentário. Eu discordo de você sobre a solução, acho que expor as crianças a ainda mais armas seria apenas potencializar o problema. O meu argumento na verdade é em cima da escala. Certamente proibir armas não vai acabar com tragédias como esta. Mas acho que a facilidade de acesso torna esse tipo de crime mais banal e mais fatal (em termos de número de mortos), sim. O que não pode acontecer é reduzir o debate apenas ao controle das armas, há outros componentes tão importantes como (como vários leitores apontaram, em outros países com venda liberada matanças do tipo não ocorrem, ao menos não com essa frequência). Acho que há muito aqui a ser purgado, mas para mim essa reflexão passa, sim, pelo debate sobre a banalidade das armas. Abs.
A recente chacina me deu pausa para ponderar uma quesão ainda mais fundamental sobre o caráter do próprio americano. Infelizmente, concluo que a violência faz parte integral da nossa sociedade. É triste admitir isto mas inegável na sua verdade. E se posso oferecer uma desculpa, qual sociedade não adquiriu a posse do seu território com a violência ou a ameaça da violência? Ao vencedor as batatas. Por que temos policiais armadas? Por que temos exércitos e armas de guerra? O meu povo é um povo guerreiro. Somos os mais craques para acabar com os nossos adversários no campo de batalha. Os nossos filhos crescem jogando videogames violentíssimos. Celebramos os esportes brutais de boxe, UFC e futbol americano. Apoiamos a pena de morte retundantemente. Qual país bem sucedido na historia da humanidade não teve igual sucesso no campo de batalha? E qual país pacific durou muito tempo no ambiente bélico deste mundo? Será que estas chacinas expiatórias são meros sinais de uma sociedade ponderosa e ferraz. Sabia que tem fêmeas que comem a própria cria?
E que comem os parceiros também. Mas em todos os exemplos que você citou a morte ou a matança é um meio para atingir um objetivo maior. E nas chacinas como as de Columbine e Sandy Hook, em que os matadores se suicidam ao fim, qual o objetivo? Qual a conquista? Pode ser uma sociedade permissiva na violência, ou que prosperou em parte graças a essa permissividade. Mas não me parece o único jeito de prosperar. Ou ainda estão um passo atrás. Os europeus já abandonaram esse mesmo espírito qque você descreve, tão comum por lá em outras épocas. Abs.
Proibir a venda de armas só vai atingir as pessoas de bem. Criminoso não respeita lei. Mesmo que a venda seja proibida ele comprará no mercado negro. Isso que ocorreu nos EUA foi uma fatalidade, proibir a venda de armas só vai tornar o cidadão de bem mais indefeso. Não ando armado, mas sou completamente a favor da posse de armas. Todos deveriam ter armas em casa.
Deilton, não acho que proibir as armas vá resolver o problema, mas acho que vai reduzi-lo. A mãe do rapaz que fez a matança era uma pessoa de bem que tinha armas em casa. Se ela não tivesse, se ele não tivesse sido criado sendo levado a campos de treinamento de tiros, como parte dos leitores sugerem, será que ele teria tido a habilidade para matar tantas crianças tão rápido? Não sei, qualquer coisa que dissermos vai ser só suposição, mas para mim é difícil acreditar que a história seria a mesma sem essas armas em casa. Abs.
A questão luciana é que não se pode proibir uma pessoa de bem de possuir armas. Os bandidos estão armados. Se vc proibe a posse de armas, vc estará desarmando o cidadão de bem. Os bandidos continuarão armados. Pq agentes do estado, os policiais, podem ter armas e nós cidadão não. Leia a segunda emenda americana, a posse de armas é um forma de se garantir a liberdade numa sociedade. Garantir que essa sociedade não será subjugada pelo estado: “Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser impedido.”
Deilton, a Segunda Emenda garante o direito individual, sim, mas o objetivo da milícia não era evitar ser subjulgado pelo Estado, e sim ajudar o Estado, na época com um Exército ainda precário. A questão é quem é pessoa “de bem”, e até que ponto. A mãe do atirador, dona das armas, também era uma pessoa “de bem”. Muita gente bem intencionada não fará nada de mal com suas armas, mas a simples circulação dessas aumenta as chances de alguém mal intencionados as usar. Abs.
E lamentável essa tragedia nos Estados Unidos. Vejo que o assunto é polemico diante tantas manifestações. Esses casos nos ai nos parece merecer um estudo profundo para descobrir a verdadeira razão deste tipo de crime. sair atirando indiscriminadamente matando as pessoas sem uma razão ou mesmo com razão ninguém tem o direito de tirar a vida de seu semelhante. Aqui em nossa região sertão temos vários homícidios, mas quando vamos ver e em sua grande maioria, pessoas de baixa escolaridade, consumo exagerado de bebida alcóolica. Total ausência da presença do Estado nessas localidades. Aqui temos distritos com mais de 10.000 pessoas que não tem um policial. E um absurdo. Mas não é o caso dos Estados Unidos , penso eu . Também desarmar todo mundo a sociedade civil não vai resolver. Desde que o mundo é mundo o homem convive com armas. E algo genético da raça humana. Por mais educado que seja um povo a arma mexe com o DNA do homem, como especie. Penso que devemos buscar um equilíbrio, permitir , mas com controle da própria sociedade, através de associações de pessoas portadora de arma, fiscalizações, etc. Essa tarefa não seria apenas do Estado mas da sociedade em conjunto. Aqui o Estado e muito omisso,ineficiente, que não oferece o minimo de segurança ao cidadão, portanto a pessoa , o cidadão tem o direito de se defender uma vez que o Estado não o faz .
Proibir armas vai apenas impedir que o cidadão honesto tenha armas. Por motivos óbvios, criminosos não seguem as leis e vão adquirir armas por meio de mercado negro. Vcs já raciocinaram sobre a motivação que leva um sujeito a assassinar dezenas de pessoas? Acham que um decreto do governo vai impedir isso?
http://mises.org.br/Article.aspx?id=140
um bom artigo sobre o tema
Sobre a proposta irresponsável do presidente da associação americana de armas de fogo, NRA (National Rifle Assn) de treinar e introduzir pessoal armado nas escolas americanas:
1. Pensem só na dificuldade pratica de selecionar, treinar, subvencionar e instalar um exercito armado nas escolas daqui. -Todas- as escolas, inclusive as secundarias? Somente as -públicas-? E por aí vai.
2. Esses “guardas” fariam ronda exatamente com -o quê- contra malucos empunhando fuzis de assalto semi-automáticos (ou automáticos modificados) de alta capacidade? Revolveres? Fuzis de assalto? Metralhadoras? Cassetetes?…
3. Finalmente (quem pensar q isto é exagero, não vive aqui nem/ ou não está, infelizmente, à par da dimensão dessa tragédia do cotidiano norte-americano), q fazer qdo umzinho dessa multidão de “guardas” perder os filhos num divorcio ou num assalto, p ex, fundir a cuca e cometer um massacre na -sua- escola?
Proscrever todo e qualquer crime é impossível, claro. Mas evitar massacres perpetrado p um indivíduo momentaneamente louco, NÃO É.
Vejam o exemplo da Austrália.
J
(médico bras/amer aposentado)
Dr. J, pois é, este é o problema. A argumentação é sempre amparada em “pessoas de bem” etc. E quando as pessoas de bem surtam? Abs e obrigada pela participação.
O post é antigo mas ainda vou mandar o comentário:
Luciana, não sei se você ainda está nos Estados Unidos mas se estiver eu estou no Brasil, onde o comércio de armas para civis é proibido.
Se a venda de armas segundo o seu ponto de vista aumenta o risco de morte atingido por armas de fogo, eu gostaria de me candidatar a trocar de residência com você. Você vem para o Brasil e eu vou me arriscar no seu lugar nos Estados Unidos… O que você me diz?
Eu estou voltando para o Brasil na semana que vem, Danilo. Para São Paulo. Pode vir para cá! (Brincadeiras à parte, eu acho que essa violência a que estamos assistindo no Brasil hoje só pioraria com a liberação do porte — mais armas, mais violência. E sobre os EUA, não acho que a melhor saída seja a proibição total do porte, mas deveria haver mais restrições, sobretudo à venda de armas. Nem checagem de antecedentes eles fazem aqui.) Abraço!