A ira do rádio
06/12/12 18:44WASHINGTON – De todos os fenômenos midiáticos dos EUA, o que mais me intriga é o dos radialistas de direita que gritam. Sim, há muitos radialista de direita, mas nem todos gritam. Sim, há radialistas de esquerda muito veementes, mas eles não alcançam tantos decibéis.
Dirigindo pelos EUA durante a cobertura das eleições americanas, eu desenvolvi a quase-perversão de ouvi-los, para ter uma ideia melhor do que pensava uma parcela da população americana e por que elas compravam afinal essas ideias (de volta a Washington, ouvia a Diane Rehm na NPR para saber como pensa outra parcela).
Nesta quinta, Glenn Beck, um dos mais famosos entre eles, anunciou que vai produzir um reality show com documentaristas em busca de patrocínio e interessados em descobrir a verdade. Fico me perguntando que tipo de verdade se pode descobrir para conquistar um prêmio atribuído por Beck — é mais ou menos como esperar imparcialidade de Michael Moore, só que com o sinal invertido.
A coisa que mais me intriga não são tanto as ideias que eles disseminam (embora algumas sejam bastante bizarras), mas o volume e a agressividade com que o fazem. Não digo figuradamente. Há gente, como Mark Levin, que dedica parte de seu programa diário de três horas a ofender os ouvintes, chamando-os de imbecis, burros, pobres-coitados.
Levin, que se formou advogado, é bem menos conhecido do que Beck, Rush Limbaugh ou Bill O’Reilly (este último, quase um moderado comparado aos demais) porque, diferente deles, não tem o horário nobre da TV. Mas seu programa tde rádio atinge boa audiência. E seus livros são lidos (o mais recente deles passou 12 semanas na lista de mais vendidos do “New York Times”).
Prafraseio de memória um dos diálogos que me chocou no programa (a “New York Magazine” reproduz outro, aqui, em inglês). Era sobre os programas de benefícios do governo Obama.
Um ouvinte, declarando-se “liberal” (progressista) liga para defender o seguro-desemprego. Levin o critica, contra-argumenta, diz que é um incentivo à vadiagem, algo mais ou menos nessa linha, e que o presidente não está fazendo nada para realmente mitigar a pobreza. Ok, muita gente acha isso.
O ouvinte então recua um pouco sobre o seguro e rebate: “o presidente está investindo em infra-estrutura, isso cria empregos”.
Depois disso, a coisa desanda. O radialista, exaltado, afirma que obras não ajudam em nada, porque quem está desempregado não estudou, não se esforçou, não há engenheiros que perderam renda e passaram a integrar essa nova pobreza americana. OI? Tudo bem que a essência da sociedade americana é a ideia de vencer na vida e enriquecer com o próprio trabalho e empreendedorismo, muito válida. Mas no pós-crise deveria estar mais presente a consciência de que não se empobrece (ou não se permanece pobre) por escolha ou incompetência, certo?
Não para Levin. Quando o ouvinte se prepara para responder, o radialista o corta: a única obra de infraestrutura que valeria, diz, era “um buraco para jogar todos esses desempregados e sem-teto dentro”.
E grita, atropela, xinga, na cartilha do gênero (Rush Limbaugh se meteu numa polêmica por chamar de “putinha” a estudante de direito Sandra Fluke). É rádio, o alcance aqui é grande. Não maior que TV, mas maior do que qualquer jornal e revista.
E, parece, muitas pessoas acreditam. Lembro-me de um casal que me perguntou à mesa do café em uma pousada em Maryland o que eu achava do fato de os EUA terem um presidente comunista — veja, eles não disseram incompetente, tampouco o criticaram por ser esquerdista e adepto de programas sociais. Disseram apenas “comunista” mesmo, crentes que Obama era a própria definição do sistema.
Procurei números confiáveis da audiência de Levin para usar no blog e não encontrei — mas descobri em campo que ele pode ser ouvido em todo o sul e em parte do miolo do país.
É natural que, como Michael Moore ganhou público na era Bush, os radialistas de direita que gritam conquistem ouvintes na era Obama — retórica raivosa só cresce no descontentamento. A pergunta é: radialistas como ele são um sintoma ou estão na causa da polarização americana? Ele converte ou prega apenas porque tem fieis que o escutam?
Ola luciana.
Ao contrario do que se pensa o Lavin e os outros tem uma grande audiencia no mercado norte, especialmente em New Jersey , New york and Connecticut na Radio 770 WABC onde a audiencia e alta.
Se voce pensar bem e simplesmente luta livre oral. Eles tocam em assuntos que NPR e a midia convencional nao toca e que o povo ve e nao fala, por medo de represalia do estado politicamente correto (Republicano ou Democrata).
Na luta livre sabemos que e mentira mas as pessoas as vezes se machucam de verdade, no shock jock eles latem como cachorro enraivado mas nunca se compremeterao em ser um politico eleito.
Para eles e negocio e a re-eleicao de Obama representa mais 4 anos de contrato milhonario.
Pense no Chico Anisio na epoca da ditadura do Brasil, ao inves de pegarmos em armas e lutarmos (nao estou advogando violencia) aprendemos a rir da repressao e convenientes na miseria.
Aqui tambem eles sao a valvuila de escape ( o opio) do povo que se acha cada vez com menos voz e poder de lutar contra a “evoluente “maquina do estado/sociedade, sem ter coragem de seguir exemplo deixado pelos pais-fundadores dos EUA de lutar pelo direito do individuo de ser livre.
Em todas as eleicoes ficou claro que eles fazem mais barulho do que produzem votos. O pais mudou e o povo que aqui vive (Branco, Negro, Latino, etc…) nao e mais o mesmo e seus ideiais e fundamentos (Religiosos, morais, eticos) agora sao simplesmente algo distante de um tempo que nao esta aqui mais.
Joao Soares
Obs. Quando voce chama o NPR de esquerda eles ficam ofendidos, eles se consideram neutros e a 3a foto e do O’Reilly nao do Levin.
É verdade, João, é como luta-livre. Não tenho paciência para politicamente correto, mas acho que eles passam da medida. Chamar de putinha e dizer que seria ótimo enterrar sem-teto é totalmente fora do cabível. Eu não sei como é a audiência no norte, não consegui achar esses números. Citei o sul porque foi onde ouvi os radialistas. A terceira foto é do Levin, sim, estava contando no sentido horário — a primeira é a do canto esquerdo superior, a segunda é o canto direito superior, a terceira é o direito inferior e a quarta o esquerdo inferior. Sobre a NPR, os jornais podem ser neutros, mas todos os programas que envolvem comentário são de esquerda… Abs!
Ola luciana, desculpas pelo engano nas fotos.
Para mim a neutralidade e um mito, mas se voce for lidar com alguem da NPR eles irao combate-la com o argumento de que sao neutros (Todos veem que nao).
O Rush teve de se retratar em publico sobre o que disse a moca, lembre se que aqui nao ha censura oficial mas a pressao dos patrocinadores faz com que eles se retratem.
Os jornais (e TV) aqui nao sao neutros sao balanciados por conter os dois pontos de vista nas opinioes, mas a junta editorial sempre tende para um lado, o que conta na comunicacao da menssagem do candidato ou partido.
Todos estes radialistas sao homens de negocio que fazem seu comercio falando aquilo que alguns gostariam de falar (ha um pouquinho para todos nos), estao no ramo de entertenimento (como Sara Palin) e nao de resolucao dos problemas. Mistura de ratinho com chacrinha e homem do sapato branco.
posso falar pois sou conservador, gosto de ouvir NPR (nao concordo com tudo) e tambem escuto alguns dos nomes aqui citados (tambem nao concordo com tudo).
Escute de tudo mas retenha somente o que e bom.
Joao Soares
João, de verdade, queria que mais gente pensasse como você: escutasse de tudo e retivesse o que é bom. Às vezes tenho a impressão de viver dentro de uma caixa de ressonância, as pessoas só querem falar com quem concorda com elas. Abs!
Nossa, Luciana… Você ainda não cansou de demonizar o Glenn Beck?
Que tal falar de Chris Matthews, Keith Olbermann, Rachel Maddows… Que tal falar do Jon Stewart? Um sujeito que adora discutir política e que não sabe nem a diferença entre o déficit e a dívida do governo americano.
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O Obama se misturou com comunistas na juventude e no governo, isso é fato. Mas o casal pode ter só usado uma força de expressão. Além disso, eles não falaram que os EUA viraram um país comunista, disseram que o Obama é comunista. Temos o mesmo paralelo por aqui. A atual presidente do Brasil, por exemplo, não é democrata, ela militou por uma ditadura comunista e tem muito orgulho disso. E o Brasil continua sendo uma democracia, mesmo sendo governado por pessoas que hostilizam a democracia dos EUA e bajulam a ditadura comunista de Cuba.
Oi Joe, não cansei. O cara grita! Desses que você citou, só dá para comparar a Maddows e o Olbermann (também insuportáveis). Mas o que eu estava falando não era das ideias deles, e sim da atitude e da dinâmica do programa. É isso que me impressiona. Você já ouviu esse Mark Levin? É uma coisa tenebrosa. Mesmo que você concorde com o sujeito, não há como concordar com a postura. Não vi que o Jon Stewart confundiu dívida com deficit não. Mas é incrível que tanta gente não saiba diferenciar. Entendo e concordo com a distinção que você está fazendo entre linha ideológica e governo de fato, mas não tenho como concordar que o Obama se identifique com o comunismo ou como comunista. Não tem nem sistema de saúde universal aqui, para começar. Nem de habitação. E o mercado financeiro ainda não está bem regulado, como mostrou a crise. Nisse discordamos, o Obama está muito mais à direita que a Dilma e que os presidentes europeus (inclusive que alguns de direita). Se isso é bom ou ruim são outros 500. Abs.
Você confunde chamar o Obama de comunista com chamar os EUA de país comunista.
O Obama poderia ser pior que o Stálin e nem por isso os EUA virariam comunistas. Esse tipo de cavalo de pau só acontece em países sem leis e instituições consolidadas (Venezuela) e esse não é o caso dos EUA.
Não vejo como afirmar com certeza que o Obama é comunista ou não. O fato é que ele buscou conviver com comunistas na juventude e levou alguns para dentro da Casa Branca. Eu não vejo o menor cabimento em minimizar isso, fazer vista grossa e ridicularizar quem não gosta da turma dele. O Obama que gosta dos comunas e antiamericanos que se explique.
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O Jon Stewart não sabe o que são superávit, déficit e dívida: http://www.youtube.com/watch?v=McKeX8THyh8
Pera lá, Joe, não estou ridicularizando quem não gosta da turma do Obama. Não vejo nada estranho nisso. Só acho que o Obama, de comunista, não tem nada. Tnks pelo vídeo do Jon Stewart. Mas ele não está confundindo os dois, embora o O’Reilly tente fazer parecer isso — quando o Stewart diz que o Clinton reduziu a dívida porque transformou o déficit em superávit, o O’Reilly responde que isso não acabou com a dívida. Não acabou mesmo. Mas não foi isso que o Stewart disse. O problema é que o argumento dele, do Stewart, não é válido (nessa eu concordo com o O’Reilly — obviamente o Obama não vai acabar com a dívida, cumulativa, mas ele precisava frear o deficit. O Bush ter aumentado não é desculpa para nada). Esse debate foi muito bom. Abs.
O Obama de comunista não tem nada? Nem os amigos?!
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A partir de 2:54:
Stewart: So, if you look at the debt, as a measure of it, we have sixteen trillion dollars in debt. Ten trillion dollars of it occurred under the Bush presidency. Now, why is that important? Because…
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O’Reilly: No, ten trillion dollars of it didn’t occur under the Bush presidency. That was the total debt since George Washington, all right? You zipped it on up.
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Stewart: No, sir! That is not correct. We had a surplus under Clinton, the debt had been axed out. So, Bush took us…
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O Stewart não deu margem para interpretação. Ele sabe que o total da dívida americana atualmente é de 16 trilhões. Sabe que o Clinton deixou o governo com um superávit e que o Bush transformou em déficit. E tem certeza absoluta de que os 16 trilhões de dólares da dívida são 10 trilhões gastos pelo Bush e mais 6 pelo Obama.
Ele não sabe o que são déficit, superávit e dívida. Apenas decorou uns dados corretos e saiu tirando conclusões erradas.
Estou avaliando ele pelo governo que faz e tenta fazer, Joe.
Sobre a dívida: os dois estão errados nos números, não nos conceitos. FOram US$ 5,2 tri sob o Bush (e US$ 6 tri sob o Obama) — não 10, como diz o Jon Stewart, nem zero, como alega o O’Reilly ao falar que isso vem desde o George Washington. Cada um quer puxar a brasa para o seu lado. Quando o Stewart fala so superávit, ele já tinha deixado claro logo antes que era do orçamento, em contraposição ao déficit. O que ele erra é que o Clinton não zerou a dívida quando produziu superávits — estes foram suficientes apenas para permitir que ela aumentasse só com parte dos juros, e não com novos rombos (mesmo assim, a dívida cresceu 1,5 tri). Os dois estão manipularam os números, mas não os conceitos. De qualquer forma, não é defensável.
Olha, os números estão aqui: http://www.treasurydirect.gov/govt/reports/pd/histdebt/histdebt_histo5.htm
Essa fala que você atribuiu ao O’Reilly simplesmente não foi feita. Ele não disse hora nenhuma que o Bush não gastou nada. Ele disse que os 10 trilhões eram a dívida desde George Washington. De George Washington a George W. Bush.
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“No, ten trillion dollars of it didn’t occur under the Bush presidency. That was the total debt since George Washington, all right? You zipped it on up.”
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Ou você vai dizer que “That was the total debt since George Washington, all right?” significa que a dívida começou em 10 trilhões com George Washington e assim se manteve até o Obama gastar mais 6?
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O Stewart acha que o Clinton tinha superávit e por isso o governo federal não tinha mais dívida.
Ele acha que a dívida de 16 trilhões vem de 10 do Bush e 6 do Obama.
Ele ouve claramente a correção feita pelo O’Reilly e rejeita.
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“No, sir! That is not correct. We had a surplus under Clinton, the debt had been axed out. So, Bush took us…”
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E você diz que ele sabe o que são déficit, dívida e superávit?
Ah, ok. Ele (O’Reilly) está corrigindo o número só. Desculpe. Não pesquei o “since”. O Bush gastou 5, menos que os 6 do Obama, mas tampouco algo louvável. Acho que o erro do Stewart é de manipulação de números, ele já havia explicado corretamente os conceitos antes. Mas, como disse antes, manipular número não é nem um pouco melhor do que errar conceito.
Longe de afirmar que Obama é comunista, mas que tem tendências é obvio.
Note o “proposto” Obamacare no site abaixo.
Onde o governo dita o que deve ser feito e como e proíbe muitas coisas que acontecem no mercado livre atual.
http://www.youtube.com/watch_popup?v=HcBaSP31Be8&vg=medium
Sendo assim fica uma pergunta no ar que é a seguinte:
Obama para si próprio e sua família como individuo vai optar pelo o seu “Obamacare programa” e deixar o “Kennedycare Progama”(plano de saúde para políticos Americanos que lhe dão um número enorme de benefícios)?
Jack, acho que o Obamacare tem um monte de falhas, mas um programa que obriga as pessoas a *comprarem* seguro de saúde não é comunista nem na China… Apesar das restrições. Abs.
É claro e õvbio que a Sra. não viu o “site” indicado sobre o novo e parcial plano de saúde conhecido como “Obamacare”.
Neste “site” a Sra. encontraria:
1 Como o governo quer entrar nas contas bancárias do povo.
2 Como o governo força o povo(Americanos e Imigrantes Legais) pagar o plano para “Ilegais” que por si mesmo não tem qualquer direito.
3 Como o povo tem que se submeter a companhias que vão ser encarregadas de fazer decisões para o que o povo quer e qualquer outra decisão. Companhias essas o presidente tem o seu “rabo preso” no passado.
4 Como o governo decide como a pessoa deve terminar a sua vida.
Alguns destes atos são apropriados na China, mas não nos EUA.
P.S.: Com referência a minha questão sobre qual plano médico o Sr. Obama deve optar, afinal de contas “ele é o pai da criança” no seu famoso e mirabolante plano de saúde.
Jack, esses itens não constam no plano.
Luciana Coelho comentou em 14/12/12 at 11:58 pm
Mas está no video com todas as referências. O seu plano deve ser diferente do autor do video.
Mais uma vez eu creio que a Sra. não viu vídeo algum.
Veja o outro abaixo que eu nunca pensava que a youtube teria autorização de publicar
http://www.youtube.com/watch?v=F0sk4yGaEk8&feature=player_embedded
Bela iniciativa, Luciana.
Os EUA, gostando do que vem de lá ou não, sempre é alvo de nossa curiosidade.
Muitos de nós não imaginam o quanto das opiniões e idéias do Establishment do norte nos foram inoculadas pela sua mídia.
Já está na minha lista de leituras da Fôia.
OBS: você já leu Décadas Púrpuras do Tom Wolfe? Muito interessante essa reunião de artigos do escritor de Fogueira das Vaidades.
Valeu, Augusto. Não li, mas sua dica é ótima! Abs.
Sabe o que existe de comum entre eles? todos apoiam Sara Palin. Talvez este seja o tipo de apoio que mais atrapalha do que ajuda. Você imagina que um independente vai votar numa candidata apoiada por extremistas assim? apesar de que eles pregam porque tem fiéis que os escutam. Pena por ela, Sara, está em companhia tão extremada.
Mas Otávio, a Palin também força a mãos às vezes, embora não ofenda ninguém, né? Ela aparentemente gostava de ter apoio dos radicais. Ultimamente que parece ter se afastado. Será que ela fez o mesmo raciocínio que você, que era mais nocivo do que ajudava?
Ola luciana
Este fenonemo dos radialistas dito conservadores, e que pregam um governo minino, acontece ha decadas. O proprio Rush Limbaugh, o lider deste grupo(Voce esqueceu de mencionar o radialista Sean Hannity que vem logo apos o Rush com mais 3 horas de diatribes na radio ABC.) esta no ar desde o final dos anos 80. Mesmo durante a decada de 90, onde a economia norte americana estava bastante aquecida sob o comando do presidente Bill Clinton, os radialistas dito conservadores salivavam quando algum escandalo sexual do presidente Clinton vinha a tona dos tempos em que era governador de Arkansas. Estes radialistas, mais o surgimento do canal de televisao Fox certamente cliaram o clima para que o presidente fosse censurado no final do seu mandato.
Lembro-me que quando cheguei em Nova York no comeco dos anos 90, descobri o radialista Bob Grant que costumava tratar o prefeito de Nova York, o senhor David Dinkins como o atentende de banheiro. Assim como o senhor Levin, ele tambem vivia ofendendo seus ouvintes.
Para estes supostos jornalistas nada do que o governo faz tem alguma validade. Exceto e claro quano sao as forcas armadas. Ai sim, o governo e denfendio com unhas e dentes. Porem, atitudes anti governamental realmente atingiu niveis alarmantes com o surgimento do presidente Obama. Um politico de Ohio(nao me lembro do nome) declarou que sua intencao era fazer com que o senhor Obama tivesse somente um termo. Acompanho eleicoes desde dos anos 90, esta foi a primeira vez que um presidente foi obrigado a mostrar sua certidao de nascimento. Estes milionarios radialistas, que supostamente sabem tudo, e se auto proclamam os guardioes contra a grande midia com toda certeza ajudam na polarizacao extrema da politica norte americana.
O interessante foi que mesmo com toda esta gritaria contra o atual governo do senhor Barack Obama, ele conseguiu reeleger-se. Isto e claro nao calara a boca dos seu criticos, dara sim mais municao para que estes radialistas continuem vomitando meias verdades sobre o papel do gorveno Obama na socidade norte americana.
Verdade, esqueci o Hannity. Que também tem programa na TV. Não conhecia o Bob Grant, vou ler a respeito (essa coisa da certidão de nascimento, sem comentários, é coisa de gente paranóica). Abs!
Luciana, eu classifico essa gente que se intitula “conservadores”; como simples espertalhoes malucos. Primeiramente, eh preciso entender que a maioria deles so esta defendendo a grana cque faturam em cima do publico otario que, ao inves de se informar, prefere simplificar tudo em “bible”, “founding fathers”, “tradition”. O mundo rolou e, esses caras estao ficando na poeira da estrada. Politicos como Obama, irao ganhar eleicoes com margem de votos cada vez maiores, porque os Estados Unidos sao um pais onde a palavra “inovacao” eh sagrada, seja ela tecnologica ou politica. Obama viu isso e vai, a exemplo de T. Roosevelt, forcar a distribuicao da riqueza. Agora mesmo, nesse episodio do fiscal cliff, esta humilhando os republicanos. Estes evoluem, ou desaparecem. Irao evoluir, tenho certeza. T. Roosevelt forcou Carneggie, Rockfeller, e Morgan a tornarem-se “magnanimos” ou, bandidos… pelo amor ou pela dor, diriamos ai no Brasil… Esses radialistas todos, nao decidem eleicoes… Sao, sim, diversao ridicula e barata… ratos que rugem. Grandes hipocritas e, na hipocrisia reside a fraqueza que os destroi. O publico nao eh tao besta assim, nao… Enxerga por baixo da “fantasia” de conservador, o verme que se alimenta da ignorancia propria e alheia…
Bosco, mas não dá para dizer que todo mundo que é conservador pensa (e muito menos age) como esses radualistas, né. Não sei como ficará o abismo fiscal, não parece bom para nenhum dos lados agora. Acho que cair no abismo, porém, seria um problema menor para a credibilidade americana do que foi a falha em negociar o teto da dívida no ano passado. Sobre rever conceitos, uma área onde isso já está acontecendo é na reforma migratória, justamente um grande problema para a sobrevivência eleitoral republicana no futuro… Abs.
Luciana, ta dificil achar um “conservador” que faca sentido. Se fizer sentido eh democrata ou independente. Entao, nao tem jeito: para marcar posicao, o “conservador” tem de assumir posicoes esdruxulas; elististas e alienantes. O Romney gastou um tempo enorme de campanha, explicando e se desculpando pelo que falou… Nao quero dizer que os democratas sao donos da verdade mas, a hipocrisia eh quase uma exclusividade republicana. Ha tempos se comportam como liberais mas, tem de manter o discurso troglodita, cujos porta-vozes sao exatamente os tais radialistas que vc, sensatamente, nao suporta…
http://www.youtube.com/watch?v=McKeX8THyh8
Definitivamente, você não assistiu o vídeo.
Quem explica conceitos é o O’Reilly depois que o Stewart fala, com convicção, tudo errado. Nem dá para falar em confusão e mal entendido. O Stewart ouve a correção feita pelo O’Reilly e insiste na bobagem com a maior certeza do mundo.
Claro que assisti. A explicação dele está no começo. Depois ele “rouba” nos números.
Muito estranho… O link do youtube deve levar a vídeos diferentes no meu computador e no seu. O que vi e transcrevi num comentário acima exibe um Stewart tão convicto quanto ignorante.
Vai chegar um ponto que o pensamento conservador vai se igualar ao do personagem Ron Swanson da comédia Parks & Recreation (que se declara libertário – estado mínimo e liberdade individual máxima):
“Minha ideia de governo perfeito é apenas um cara, numa sala pequena, decidindo somente com quem devemos guerrear.”
Demonizar alguém que você discorda exatamente pela suposta
demonização por eles pregada mostra que há mais ímpeto do que
argumentos no seu texto. Todas as atitudes raivosas postas em
prática pelos radialistas ocorreram- se não de maneira muito mais
extrema- contra conservadores durante o mandato Bush (chamaram-no
de nazista trocentas vezes) ou mesmo hoje em dia. Pessoas como
Sarah Palin e o Tea Party são espezinhados única e exclusivamente
por defenderem a CONSTITUIÇÃO e um governo LIMITADO. Chris Mathews,
o povo da PBS, a CNN (de maneira branda, mas mais incisiva, já que
mistura o ponto de vista liberal mais diluído na programação), de
fato, odeiam o significado dos EUA perante o mundo, odeiam seu
país. Queriam que os EUA fossem algo como um país socialdemocrata
europeu. Que você, liberal (e que, por aí, sabe-se que significa
socialista brando, progressista), odeie conservadores, como deixa
bem patente, não me faz mal nenhum. O problema é que boa parte dos
leitores da mídia ainda não sabem que boa parte da cobertura dos
EUA é baseada em gillete-press com textos do NY times ou
programação da MSNBC, extremamente biased to the left. Imaginemos
que a cobertura exterior dos assuntos brasileiros fosse baseada na
Carta Capital, ou no blog do Emir Sader. É uma boa comparação. A
cobertura feita do chamado “fiscal Cliff” mostra o que Obama quer
propagar: que a culpa da debacle fiscal é dos republicanos (apesar
do atual commander-in-chief ter gasto mais e mais rápido do que o
seu antecessor); que os “reacionários” republicanos não gostam dos
pobres, e por isso são contra aumento de impostos (tirando o triste
fato de que aumento de impostos diminuem empregos); e que, por fim,
republicanos não querem acordo (apesar de John Boehner ter
oferecido aumento de impostos em troca de cortes, ao que Obama
respondeu “isso eu já tenho de graça”). Não assusta que TODOS os
candidatos democratas à presidência terem tamanha popularidade em
nossa pobre terra. Temos propaganda democrata, e não jornalismo na
cobertura internacional.
Gabriel, não sei qual cobertura internacional você está lendo. o meu trabalho é sério e merece ser respeitado, contente ele sua inclinação política ou não. abs.