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Americana

Ideias e histórias que só poderiam vir dos EUA

Perfil Luciana Coelho é repórter em Washington

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Menos carnaval

Por Luciana Coelho
05/12/12 17:08

Dilma e Obama durante a visita da presidente, em abril: a sintonia é boa, mas mais foco viria a calhar

WASHINGTON – Durante uma entrevista com jovens voluntários da campanha de Mitt Romney, há alguns meses, um dos rapazes me perguntou se eu não queria contratá-lo como assistente de pesquisa porque ele queria trabalhar para um jornal brasileiro (na Folha nós, correspondentes, não temos esse hábito). Outro, um estudante espanhol de mestrado havia quase uma década no país, me perguntou como estava a situação de empregos no Brasil.

Um leitor deste blog me perguntou como os jovens nos EUA viam o Brasil. Atualmente, arrisco dizer, como uma espécie de Eldorado, embora a informação sobre o país ainda seja escassa por aqui.

É verdade que melhorou muito. Quando eu era correspondente em Nova York, num não tão distante 2004/5, não havia interesse no país a não ser por parte dos chamados brasilianistas e latinistas. Hoje não.

Existe uma curiosidade disseminada. Em Washington, os motoristas de táxi (muitos deles imigrantes e refugiados africanos) são capazes de discorrer longamente sobre o pré-Sal, a economia do país, a recuperação, a promessa da Copa. E perguntarem da violência, ou quererem saber como é a infraestrutura.

Embora muitas informações que circulem sejam superficiais, hoje é possível se ler no “New York Times” sobre a violência policial e a violência contra policiais no Brasil; a indefectível loja de departamento Macy’s promove um mês brasileiro com designers locais, guaraná e sabonete Granado; estudantes buscam o país para programas de intercâmbio. No MIT, em dois anos, os alunos interessados em aulas de português passaram de 10, 12 a mais de cem.

Obviamente o Brasil não é a China (nem a Índia) para os americanos, mas esse interesse recém-desperto é muito menos, digamos, carnavalesco do que o do passado. Se é moda, não sei; alguns estudiosos e economistas acham que sim. Mas a curiosidade é legítima, sobretudo entre os mais jovens e antenados.

Aos poucos, também, o país deixa de ser visto como emissor de imigrantes sem documentos como emissor de turistas endinheirados, que andam salvando as comissões de vendedores na Flórida e em Nova York. A tentativa de mudança na política de vistos é resultado disso.

E não são só os turistas. Delegações e mais delegações de governos municipais e estaduais visitam o país por ano. Relações-públicas contratados por cidades no Texas e na Carolina do Norte procuram jornalistas brasileiros que queiram conhecer suas cidades-bases e mostrar como ela é vantajosa para empresas que queiram entrar nos EUA (raramente dá certo; jornalistas só se interessam quando há uma boa reportagem a ser feita). Governadores despacham seus vices para encontros na Fiesp e em Brasília.

Os dois países ainda têm alguns enroscos (sobretudo na questão dos subsídios, onde trocam acusações frequentes) e um excesso de dispersão de foco para acelerar essa relação. O Brasil não está no primeiro plano estratégico para os americanos. As questões regionais andam em período de calmaria.

Mas no que diz respeito à sociedade, pelo menos nas cidades mais cosmopolitas dos EUA, sim, o país está definitivamente no mapa — e para quem tem menos de 30 anos, circulado com a mensagem: visitar.

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